Polónia ajuda ganhos da Jerónimo Martins. Dona do Pingo Doce lucra 180 milhões

A Jerónimo Martins aumentou os lucros para 180 milhões de euros, suportados maioritariamente no crescimento das vendas na Polónia. Dívida líquida mais do que quadruplicou por causa dos dividendos.

Os lucros da Jerónimo Martins JMT 0,44% voltaram a subir. Entre janeiro e junho, o resultado líquido da dona do Pingo Doce cresceu 3,9% para 180 milhões de euros, revelou a empresa num comunicado enviado à CMVM. O grupo explica esta subida com uma evolução positiva das vendas em todos os mercados, sobretudo na Polónia, resultado da “implementação consistente” da estratégia definida.

Numa nota aos investidores, Pedro Soares dos Santos destaca o “forte desempenho” da Jerónimo Martins “em ambientes concorrenciais”. “As nossas insígnias mantêm-se focadas no crescimento de vendas e comprometidas a reforçarem as suas posições nos respetivos mercados”, sublinha o presidente executivo da empresa de retalho.

A Jerónimo Martins somou 95 milhões de euros de lucro no segundo trimestre do ano aos 85 milhões que tinha registado entre janeiro e março, fruto das fortes vendas no período da Páscoa. Contas feitas, a Jerónimo Martins lucrou 180 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, número que compara com os 173 milhões de euros registados no período homólogo.

Nestes primeiros seis meses do ano, a empresa viu crescer também o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) na ordem dos 7,4%, para 446 milhões de euros.

No total, as vendas da Jerónimo Martins cresceram 8,7% com um like-for-like de 4,1%, destaca a empresa na nota remetida à CMVM. Foram 8.426 milhões de euros entre janeiro e junho. E os hipermercados da Biedronka, na Polónia, contribuíram mais para a subida, aumentando em 7,5% as vendas em moeda local, para os 5.800 milhões de euros. “Na Polónia, o ambiente de consumo permaneceu favorável”, refere a empresa. Mas deixa um alerta: “O contexto operacional manteve-se muito competitivo e houve um ligeiro aumento da atividade promocional em resposta à proibição parcial de abrir as lojas ao domingo”, indica.

Em Portugal, excluindo o combustível, as vendas like-for-like do Pingo Doce registaram “um sólido crescimento de 3,4%”. Combinado com a expansão da marca no país, o aumento das vendas foi de 4,6% para os 1.800 milhões de euros, de acordo com a Jerónimo Martins. “Em Portugal, o setor do retalho alimentar manteve-se altamente competitivo e promocional. A inflação alimentar permaneceu baixa com um valor médio de 0,8% no semestre”, destaca o grupo.

Tal como as vendas, as despesas da Jerónimo Martins também cresceram. No primeiro semestre, o grupo registou um aumento dos custos operacionais de 12%, para 1.365 milhões de euros.

Em contrapartida, a Jerónimo Martins viu a sua dívida líquida mais do que quadruplicar em termos homólogos. Passou de 84 milhões de euros no primeiro semestre de 2017 para os 367 milhões de euros no final de junho deste ano, facto que o grupo explica com o “pagamento, em maio, de dividendos no valor de 385 milhões de euros”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h54)

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