Lucro semestral da Repsol em máximo de cinco anos

  • ECO e Lusa
  • 26 Julho 2018

Petrolífera viu lucros crescerem 46% para os 1.546 milhões de euros beneficiando da alta do preço do petróleo. Repsol aproveita momento para reorganizar cúpula da empresa.

A Repsol obteve um lucro líquido de 1.546 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, mais 46,4% do que em igual período do ano passado, naquele que é o melhor resultado registado nos primeiros seis meses do ano, durante os últimos dez exercícios.

De acordo com a comunicação enviada hoje à Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV) de Madrid, o aumento ficou a dever-se aos “melhores preços do petróleo” e às medidas que a empresa tem vindo a implementar ao longo dos últimos dois anos. A estes fatores acresce ainda a mais-valia realizada com a venda de Gas Natural, aproveitadas para reduzir dívida e sanear ativos em países como a Venezuela.

O comunicado refere que o lucro líquido ajustado está situado nos 1.132 milhões de euros acrescentando e que a Repsol aumentou 5,7% a produção de hidrocarbonetos nos primeiros seis meses do ano.

O protagonista deste período foi o negócio de upstream (exploração e produção), cujo resultado foi de 645 milhões de euros, um crescimento de 91%. Este resultado é o maior registado pela petrolífera num semestre, desde 2012, altura em que o crude cotava a uma média de 113,6 dólares por barril, que compara com os 70,6 dólares por barril (média dos primeiros seis meses de 2018).

Já o downsteam (comercialização) atingiu os 762 milhões de euros, uma descida de 17% face a igual período do ano anterior.

O EBITDA cresceu 23% para os 3.811 milhões de euros.

Paralelamente à apresentação das contas semestrais, a Repsol, segundo escreve o Expansión, esta quinta-feira, está também a reorganizar a cúpula da empresa. Sai Miguel Martínez San Martin, um dos históricos administradores da Repsol e o responsável máximo pelo pelouro financeiro da petrolífera. San Martin vai ser substituído por António Lorenzo Sierra, que até aqui ocupava o cargo de diretor corporativo de estratégia, controlo e recursos. Mas as mexidas não se ficam por aqui. Luis Cabra Dueñas, até agora diretor geral de exploração e produção passa a ocupar o novo posto de direto da área de desenvolvimento tecnológico, digitalização, recursos e sustentabilidade. Para o seu lugar, vai Tomás Garcia Blanco, até agora diretor executivo para a Europa, África e Brasil.

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