Jerónimo Martins já afunda quase 9% apesar do aumento dos lucros. Lisboa no vermelho

Apesar de ter visto os seus lucros crescer quase 4%, nos primeiros seis meses do ano, a Jerónimo Martins está a ter uma manhã difícil, na praça bolsista lisboeta. Os títulos estão a cair quase 6%.

Apesar de ter visto os seus lucros crescer quase 4%, nos primeiros seis meses do ano, a Jerónimo Martins está a ter uma manhã difícil, na praça bolsista lisboeta. Os títulos da dona do Pingo Doce estão a cair quase 9%, pressionando o índice de referência nacional. A pesar sobre a praça, está também a Sonae e todo o setor energético.

Esta manhã, Lisboa abriu em terreno negativo, o que se fica a dever sobretudo à queda das ações da Jerónimo Martins: estão agora desvalorizar 8,73% para 12,13 euros. Isto apesar da gigante do retalho ter anunciado, na quarta-feira, que os seus lucros cresceram 3,9% para 180 milhões de euros, no primeiro semestre do ano.

Ainda que o grupo tenha reportado uma evolução positiva das vendas em todos os mercados, os investidores não estão confiantes. Esse comportamento pode justificar-se pelo fraco crescimento da dona do Pingo Doce entre trimestres: no segundo, registou lucros de 95 milhões de euros, enquanto no primeiro tinha contabilizado lucros de 85 milhões de euros. O efeito Páscoa também pode ajudar a explicar o desempenho menos positivo do segundo trimestre, já que as celebrações se fizeram no final de março, ou seja, no primeiro trimestre.

Do lado das perdas na bolsa de Lisboa, destaque ainda para o setor energético. As ações da REN estão a recuar 0,16% para 2,472 euros, as da EDP estão a perder 0,06% para 3,443 e as da EDP Renováveis estão desvalorizar 0,51% para 8,755 euros. Esta manhã, a EDP Brasil divulgou os seus resultados até junho, tendo registado um crescimento de 60% dos lucros, que quase atingiram 100 milhões de euros. O sucesso do negócio brasileiro da energética lusa não foi, no entanto, suficiente para animar os investidores, que se mantêm expectantes em relação aos resultados da gigante liderada por António Mexia (que serão apresentados, esta tarde, depois do fecho dos mercados).

Em terreno negativo, estão também os títulos da Sonae, que estão a cair 1,33% para 0,966 euros.

Do outro lado da linha, as ações do BCP estão a subir timidamente: valorizam 0,64% para 0,2691 euros. Esta manhã, o Bank Millenium — banco do BCP na Polónia — anunciou que registou uma evolução positiva, até junho deste ano, tendo aumento os seus lucros em 11%. Depois do fecho da bolsa, o banco português apresenta as suas contas.

Já os títulos dos CTT continuam a brilhar — valorizando 0,26% para 3,056 euros — depois de ter sido anunciado a compra da 321 Crédito, uma instituição de crédito ao consumo.

Neste cenário, o índice de referência nacional, o PSI-20, abriu pintado de vermelho, destoando do resto do Velho Continente. Lisboa está a recuar 0,89% para 5.570,56 pontos, enquanto lá fora a tendência é de valorização. O Stoxx 600 está a subir 0,46% para 388,82 pontos, o alemão Dax está a avançar 1,22% e o francês CAC está em alta 0,38%. Do outro lado da Península Ibérica, o espanhol IBEX também está a valorizar 0,54%.

As praças europeias estão animadas depois de Donald Trump e Jean-Claude Juncker terem chegado a um acordo sobre a aplicação de taxas alfandegárias adicionais sobre as importações. Os EUA e a UE acordaram adiar ” outras tarifas”e tirar definitivamente de cima da mesa a imposição de novas das taxas sobre as importações automóveis, o que renovou a confiança dos investidores.

(Notícia atualizada às 11h52 com mais informação).

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