Exportações crescem menos do que importações no primeiro semestre
O défice da balança comercial aumentou em 641 milhões de euros e totalizou 1.682 milhões no final de junho deste ano.
As exportações de bens feitas por Portugal aumentaram mais de 6% no primeiro semestre, um valor que, ainda assim, ficou aquém da evolução das importações, que cresceram mais de 8% no conjunto de janeiro a junho deste ano. Os dados foram divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Considerando apenas o mês de junho, a disparidade entre a evolução das exportações e das importações é ainda mais acentuada. As vendas de Portugal ao exterior aumentaram 8,6% nesse mês, enquanto as compras aceleraram 18,1%. “O significativo aumento verificado nas importações deveu-se principalmente aos combustíveis e lubrificantes” com origem em países exteriores à União Europeia, justifica o INE.
Isto porque os preços do petróleo têm vindo a aumentar nos últimos meses. O barril de Brent, que serve de referência para o mercado português, negociou perto da casa dos 80 dólares no mês de junho, influenciando o aumento das importações de Portugal. Assim, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações teriam aumentado 6,8% e as importações 10,3% em junho.
Já considerando o acumulado dos primeiros seis meses deste ano, as exportações nacionais totalizaram 29,5 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 6,6% face a igual período do ano passado. Ao mesmo tempo, Portugal importou um total de 37,1 mil milhões de euros no primeiro semestre, mais 8,8% do que no mesmo período do ano passado.
A contribuir para o aumento tanto das exportações como das importações estiveram todas as categorias de produtos. Para além dos combustíveis, as exportações de material de transporte e acessórios subiram 28,7%. Nesta categoria, destaque para as vendas de automóveis para transporte de passageiros, que dispararam 86,4%. Isto numa altura em que a atividade da Autoeuropa tem acelerado, com a produção do modelo T-Roc da Volkswagen.
Feitas as contas, o défice da balança comercial agravou-se em 641 milhões de euros em junho deste ano, atingindo os 1.682 milhões nesse mês. Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o défice seria de 999 milhões de euros, o que, ainda assim, representaria um agravamento homólogo de 231 milhões.
Notícia atualizada às 11h26 com mais informação.
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