Lisgráfica falha PER. Entra em processo de insolvência
A Lisgráfica entrou em PER em 2017 mas foi notificada pelo tribunal de que este não iria até ao fim. Agora a empresa deve negociar um plano de recuperação a envolver um perdão de 65% da dívida.
A empresa de impressão de periódicos, Lisgráfica, anunciou esta sexta-feira a sua entrada em processo de insolvência, após ter falhado o Processo Especial de Revitalização (PER) que tinha começado em junho de 2017.
Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa refere que o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste decidiu cessar as funções do administrador judicial provisório que estava com a Lisgráfica, Miguel Ribas Fernandes, assim como dar início a um processo de insolvência.
“Não é tema que nos preocupe excessivamente, porque a atividade da empresa continuará a decorrer dentro das circunstâncias normais”, disse ao Jornal de Negócios (acesso pago) o vice-presidente da Lisgráfica, Jaime Baptista da Costa. Agora que entrou em insolvência, a Lisgráfica deverá proceder à elaboração de um plano de recuperação junto dos credores. O plano deverá incluir um perdão de cerca de 65% da dívida financeira.
De acordo com o Jornal de Negócios, o maior credor da Lisgráfica é o BCP, que detém 53,3% dos créditos identificados na lista elaborada para a adesão ao PER. A gráfica deve cerca de 43,4 milhões de euros a este banco, e acumula também dívidas ao Novo Banco, ao Estado e ao Fisco, até um total de 81,4 milhões de euros.
Em 2017, a empresa registou um total de 1,9 milhões de euros em prejuízo, uma melhoria de 52% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, porém, já estava a perder novamente, com prejuízo de 368 mil euros só de janeiro a março.
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