Bruxelas propõe ajudar trabalhadores do setor têxtil com 4,7 milhões

Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização vai cofinanciar medidas para ajudar os trabalhadors do setor têxtil que perderam o emprego. Portugal pediu ajuda após despedimentos na Gramax e Ricon.

A Comissão Europeia propôs esta segunda-feira dar a Portugal cerca de 4,7 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização para ajudar os antigos trabalhadores do setor têxtil e vestuário e várias centenas de jovens desempregados e sem formação a encontrar um novo posto de trabalho. O conjunto de medidas previsto tem um custo global de 7,7 milhões de euros.

“Os trabalhadores portugueses foram duramente afetados pela concorrência mundial. Os 4,7 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização” vão ajudar 730 trabalhadores que perderam o emprego, assim como um número equivalente de jovens sem emprego, educação ou formação, de modo a adaptarem as suas competências e facilitara sua transição para novas oportunidades”, disse a comissária europeia do Emprego, Marianne Thyssen, no briefing desta manhã em Bruxelas.

De acordo com o comunicado da Comissão enviado às redações, Portugal pediu o apoio do Fundo de Europeu de Ajustamento na sequência do despedimento de 1.161 trabalhadores de duas empresas têxteis — a fábrica da antiga Trimph (a têxtil Gramax, 452 trabalhadores) e a Ricon (709 trabalhadores). As regras comunitárias ditam que o Fundo, que tem uma dotação de 150 milhões de euros para o período de 2014-2020, pode financiar até 60% dos custos dos projetos destinados a ajudar as pessoas que perderam o seu emprego a encontrar um novo posto de trabalho ou criar a sua própria empresa. Em causa estão 730 trabalhadores confrontados com dificuldades, assim como 730 jovens sem emprego.

O Fundo só pode intervir quando estão em causa o despedimento de mais de 500 trabalhadores numa única empresa incluindo os fornecedores e os produtores ou se um grande número de despedimentos num determinado setor numa única região ou regiões limítrofes. Mas os projetos são geridos e postos em prática pelas autoridades nacionais ou regionais. E cada projeto tem a duração de dois anos.

A proposta vai agora ser submetida ao Parlamento Europeu e ao Conselho de Ministros da União Europeia para ser aprovada.

(Notícia atualizada)

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