Draghi corta previsões de crescimento. Incerteza global ganha “proeminência”
O BCE cortou dos 2,1% para 2% as projeções de crescimento para este ano. Para 2019, baixou a previsão de 1,9%, para 1,8%, mantendo apenas a previsão para 2020 nos 1,7%.
O Banco Central Europeu decidiu rever em baixa as suas projeções para o crescimento da Zona Euro, enumerando o aumento do protecionismo e a volatilidade dos mercados financeiros como fatores que podem pesar no desempenho da economia do euro.
Na conferência de imprensa após a reunião do conselho de Governadores, Mario Draghi manteve as previsões para a inflação nos 1,7%, entre este ano e 2020, mas cortou dos 2,1% para 2% as projeções de crescimento para este ano. Para 2019, baixou a previsão de 1,9%, para 1,8%, mantendo apenas a projeção de crescimento para 2020 nos 1,7%.
Mario Draghi começou por dizer que “as informações confirmam a avaliação anterior”, salientando que o “crescimento é generalizado e a inflação está a subir” rumo ao objetivo dos 2%.
Mas ao mesmo tempo sinalizou as preocupações dos membros do conselho de governadores relativamente, dizendo que “há incertezas relacionadas ao aumento do protecionismo” e que “a volatilidade do mercado financeiro ganhou mais relevância”.
O corte das previsões de crescimento têm como base a expectativa que aponta para uma contribuição mais fraca do lado da procura externa. Neste contexto, o presidente do BCE considera que o contágio da crise da Turquia e Argentina não foi “substancial”, salientando que as projeções do BCE incluem apenas “medidas protecionistas implementadas, não ameaças”.
Se o crescimento um ligeiro ajustamento em baixo das previsões de crescimento, no que respeita às projeções para a inflação, o BCE optou por não avançar com quaisquer alterações. “A inflação vai acelerar gradualmente no médio prazo”, referiu ainda o banco central, salientando que “a incerteza em torno das estimativas para os preços está a diminuir“.
Apesar do corte de estimativas, o banco central considera que os riscos em torno do outlook da Zona Euro continuam a ser vistos como “amplamente equilibrados”.
Ainda assim disse que os responsáveis do BCE estão prontos para atuar e “ajustar todos os instrumentos conforme apropriado”.
Para já, nada muda. Esta quinta-feira, na reunião o conselho de governadores foi decidido manter os juros inalterados e confirmado que o BCE “prevê” terminar o programa de compra de ativos no final de dezembro deste ano. Isto depois de baixar a partir de outubro, para 15 mil milhões de euros, o atual ritmo de compras mensais de 30 mil milhões de euros
(Última atualização, com mais informação, às 14h40)
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