CDS usa Taxa Robles para atacar Rio. Quer reduzir impostos nas rendas de longo prazo
O CDS-PP vai propor que, no quadro do Orçamento do Estado para o próximo ano, se reduza a tributação sobre os rendimentos prediais. O partido diz ainda que é contra a "Taxa Robles versão Rio".
Na opinião do CDS-PP, a proposta do PSD para travar a especulação imobiliária “aumenta a carga fiscal, desrespeita os proprietários e contribuiu para o desaceleramento da economia”. Em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, o deputado João Almeida adiantou que o partido é, por isso, contra esta “Taxa Robles versão Rio” e sublinhou que os centristas vão propor a redução da carga fiscal nas rendas de longa duração, no quadro do Orçamento do Estado para 2019.
Esta quarta-feira, Rui Rio anunciou que o PSD vai apresentar uma proposta semelhante àquela avançada pelo Bloco de Esquerda para travar a bolha imobiliária, que terá como alicerce, por sua vez, a diferenciação da taxa sobre as mais-valias em função do número de anos entre a compra e venda de imóveis.
Em reação a esta medida, o CDS-PP sublinhou que “a proposta da Taxa Robes versão Rio aumenta a carga fiscal, desrespeita os proprietários e contribuiu para o desaceleramento da economia”.
João Almeida defendeu, além disso, que o futuro do setor passa por estimular de mercado do arrendamento através da redução da carga fiscal. Por isso, no âmbito do Orçamento do Estado para 2019, os centristas vão propor a “redução da tributação para rendimentos prediais, sobretudo de arrendamentos de maior duração”.
“É uma proposta que serve muito mais gente e é melhor para a economia”, notou o deputado, referindo que a medida em causa “permite concretizar eficazmente aquilo que parece ser o objetivo de quem apresentou as propostas negativas”, isto é, o Bloco de Esquerda e o PSD.
No fim de semana, o Bloco de Esquerda anunciou que está a negociar com o Governo, desde maio, uma taxa de IRS para penalizar aqueles que pratiquem especulação imobiliária. Em reação às declarações de Catarina Martins, o líder do PS garantiu que essa matéria nunca esteve em cima da mesa e que não será aprovada. Já o PSD avançou que considera que a medida “não é disparatada” e sugeriu uma nova versão, baseada na variação da taxa sobre as mais-valias em função do número de anos entre a compra e venda de imóveis.
(Notícia atualizada às 13h00).
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