Matosinhos rende-se às bicicletas partilhadas. Testes arrancam no final de outubro
A Câmara Municipal de Matosinhos aliou-se ao CEiiA para testar, já no final de outubro, uma rede de bicicletas partilhadas no concelho.
A Câmara Municipal de Matosinhos e o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (CEiiA) vão testar, no final de outubro, um sistema de partilha de biciletas (bike-sharing) para incutir uma nova “mentalidade urbana”. “O objetivo é alertar as pessoas para a necessidade de descarbonizar o território, de as libertar da dependência dos carros e de lhes incutir um novo paradigma de mobilidade”, disse hoje à Lusa o responsável pela área de Cidades do CEiiA, Vladimiro Feliz, na apresentação do projeto.
O novo sistema de partilha de bicicletas será testado no bairro dedicado ao Living Lab, bairro inteligente com tecnologias de descarbonização desta cidade, no distrito do Porto. O Living Lab é um bairro “inteligente, de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado” onde serão testadas e postas em prática, em contexto real, soluções tecnológicas orientadas para a descarbonização da cidade.
O município de Matosinhos está a desenvolver, em conjunto com o CEiiA e com outras entidades, a implementação deste Living Lab que foi submetida ao Fundo Ambiental, do Ministério do Ambiente. O projeto, que entrará em fase de testes já no próximo mês, arrancará com três estações piloto — uma na zona da Câmara Municipal, outra nas instalações do CEiiA e uma terceira na envolvente do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões -, sendo que os utilizadores deste projeto-piloto terão ao seu dispor oito docas por estação, perfazendo um total de 24 docas, dois totens e 20 bicicletas elétricas.
A gestão e monitorização do sistema é efetuada pela plataforma de mobilidade do CEiiA, o mobi.me, onde, para além da contabilização em tempo real das emissões de dióxido de carbono poupadas, irá permitir ainda a gestão da operação em tempo real, a deteção de vandalismo e uso indevido, permitindo também o planeamento de manutenções em função do uso das bicicletas.
Vladimiro Feliz disse que este “conceito inovador” quer criar soluções de mobilidade inteligente, proporcionar melhores decisões a quem decide e iniciar um processo de transformação de mentalidades. Este conceito, explicou, será refinado em função dos utilizadores.
“Queremos que Matosinhos se assuma como um laboratório para novas formas de mobilidade urbana, uma vez que já não é possível que as cidades continuem a crescer assentes no uso do automóvel individual. Simplesmente não temos espaço para mais carros. Este sistema de bike-sharing pode, assim, ser o ponto de partida para que sejamos capazes de criar uma nova mentalidade urbana” esclareceu a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.
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