Como tornar os bordos dos pratos mais resistentes? Com nanopartículas

Tirar e pôr pratos na máquina de lavar, nos armários, na mesa. O risco de lascar a borda é enorme. Já para não falar dos riscos metálicos que a louça vai ganhando ao longo do tempo com o constante raspar dos talheres. E se é assim lá em casa, imagine então num hotel ou num restaurante.

Como contornar o problema? As nanopartículas são a solução.

Uma equipa de investigação da Costa Verde, Centro Tecnológico da Cerâmica e Vidro e o International Iberian Nanotechnology Laboratory, está a desenvolver um projeto — o Primecer — que visa dar maior resistência ao bordo dos pratos ao choque mecânico, melhorar a resistência do vidrado de forma a eliminar os riscos provocados pelos metais e ainda melhorar a conservação da temperatura dos pratos. Três objetivos, todos eles desenvolvidos através da utilização de partículas e fibras “que são incorporadas em diferentes áreas funcionais e especificadas de acordo com a função a promover”.

“Como resultado deste projeto, pretende-se obter condições tecnológicas que permitam a colocação no mercado de produtos de melhor desempenho e novas funcionalidades”, explica a Costa Verde em comunicado enviado às redações. A empresa de porcelanas explica que o Primecer visa “o desenvolvimento de artigos de mesa de alta performance, adequados às atuais exigências do mercado, com especial enfoque no setor hoteleiro e da restauração“. No final, espera-se criar “protótipos funcionais de novos produtos, assim como protocolos associados à transferência tecnológica das diferentes soluções desenvolvidas para o ambiente industrial”.

Este projeto está a ser desenvolvido com o apoio do Portugal 2020, com 607,13 mil euros, sendo a entidade promotora a Agência Nacional de Inovação, explicou ao ECO fonte oficial da empresa.