Ir além dos 50 milhões nos aumentos à Função Pública? “Temos sempre de fazer opções”, avisa António Costa
Questionado sobre haver ou não margem para ir além de 50 milhões de euros para aumentar os salários dos funcionários público, António Costa fala na necessidade de "fazer opções".
“Temos sempre de fazer opções“. Foi desta forma que António Costa reagiu quando questionado sobre a existência ou não de margem para ir além de um investimento de 50 milhões de euros para aumentar os salários dos funcionários públicos. A afirmação foi feita pelo primeiro-ministro este domingo, depois de Mário Centeno ter afirmado que “não há margem para ir além dos 50 milhões” em entrevista ao Público no sábado.
“O que foi dito e tem sido explicado é que, sem mais nenhuma medida, nós teremos já inscrito no Orçamento do Estado, um aumento de 3,1% do valor da massa salarial que são mais 750 milhões de euros“, começou por dizer António Costa em declarações aos jornalistas na Azinhaga do Ribatejo.
“O que tem sido dito é que, para além desse aumento de 750 milhões, temos uma margem de mais 50 milhões de euros que é possível alocar a este objetivo“, acrescentou, para logo depois esclarecer que no que respeita à elaboração da proposta do Orçamento do Estado “temos sempre de fazer opções”.
“Obviamente esses 50 milhões podem também ser canalizados para outros fins“, justificou o Primeiro-Ministro. “Consideramos, contudo, que depois de termos reposto os cortes nos vencimentos, termos reposto o horário e depois de termos descongelado as carreiras, é altura de os funcionários públicos passarem a ter também a normalidade que qualquer trabalhador deve ter de anualmente os salários poderem ser revistos em função da inflação”, acrescenta.
Em relação à possibilidade de distribuir esses 50 milhões de euros pelos salários dos funcionários, António Costa diz que “é um primeiro passo no sentido de restabelecer essa normalidade“.
O Primeiro-Ministro salienta que “a margem não é muita” e que por isso o que tem sido apresentado aos sindicatos “são cenários vários de como podemos utilizar essa verba”.
“Obviamente que, se dermos o mesmo a todos é pouco para cada um, e sobretudo para aqueles onde se justificaria haver um maior aumento”, explica António Costa, salientando a existência de “outros cenários onde há aumentos diferenciados, reforçando mais quem tem um vencimento inferior”.
“É por isso que se tem falado quer de aumentos de 50 euros para quem está hoje a ganhar o salário mínimo na função pública, mas podemos ir mais longe até aos 835 euros, e aí o aumento será maior, ou uma distribuição por todos, e aí fica pouco para todos”, concluiu, acrescentando que é isso que está a ser negociado com os sindicatos.
(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)
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