Tecnológicas afundam Wall Street. Nasdaq cai 4%

Os principais índices de Wall Street encerraram no vermelho, depois de os dados da habitação terem sido dececionantes. O Nasdaq afundou, pressionado pelas quedas acentuadas de várias tecnológicas.

As bolsas norte-americanas encerraram em queda acentuada, depois de a Reserva Federal (Fed) ter dito que as tarifas aplicadas por Donald Trump já começam a prejudicar as empresas dos Estados Unidos. Esta sessão ficou ainda marcada pelas quedas das tecnológicas, nomeadamente Apple, Facebook e Alphabet, que acabaram por afundar o Nasdaq. Ainda a prejudicar Wall Street estiveram os dados mais recentes da habitação, com as vendas de casas a baterem mínimos de quase dois anos.

O principal índice de Nova Iorque, S&P 500, fechou a desvalorizar 3,08% para 2.656,16 pontos, naquela que é a 14.ª sessão de perdas num total de 18 neste mês. O industrial Dow Jones perdeu 2,41% para 24.583,28 pontos, invertendo a tendência de abertura, altura em que foi o único índice a abrir em alta.

A pressionar as bolsas de Wall Street estiveram os dados publicados esta quarta-feira sobre o mercado imobiliário. O Departamento do Comércio anunciou que as vendas de imóveis residenciais recuaram, em setembro, para mínimos de quase dois anos, penalizando os índices do setor, de acordo com a Reuters (conteúdo em inglês). “Isso tem sido a grande fraqueza da economia dos Estados Unidos. E isso é algo que deixa as pessoas no limite”, diz Ryan Detrickda LPL Financial, citado pela agência de notícias.

O índice mais penalizado desta sessão foi o Nasdaq, que encerrou a recuar 4,43% para 7.108,40 pontos, representando a pior sessão desde 18 de agosto de 2011, diz a Reuters. Isto acontece depois de várias cotadas tecnológicas terem desvalorizado. O Facebook terminou a desvalorizar 5,41% para 146,04 dólares, assim como a Apple que caiu 3,43% para 215,09 dólares. Destaque ainda para a Alphabet que perdeu 5,18% para 1.057,1 dólares e para a Netflix que caiu 9,4% para 301,83 dólares.

Esta quarta-feira, a Fed publicou o “Livro Bege”, onde afirma que a economia norte-americana continua a crescer a um ritmo considerado “modesto” ou “moderado” na larga maioria dos distritos federais, mas os efeitos do crescimento não se fazem sentir no mercado de trabalho, com poucas variações nos salários. Apesar da evolução positiva, a guerra comercial já pesa sobre a economia dos Estados Unidos e as empresas queixam-se do aumento dos custos do material e de transporte.

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