Bruxelas quer proibir pesca de bacalhau em águas nacionais
Comissão Europeia propõe corte de 14% nos totais admissíveis de captura de pescada e arinca, proibição de pescar bacalhau e um aumento de 64% no carapau para 2019 em águas nacionais
A Comissão Europeia propôs hoje um corte de 14% nos totais admissíveis de capturas (TAC) de pescada e arinca, a proibição de pescar bacalhau e um aumento de 64% no carapau para 2019 em águas nacionais.
Segundo a proposta de possibilidades de pesca no Atlântico e Mar do Norte, são propostas reduções nos TAC em 22 unidades populacionais, incluindo a pescada em águas continentais e dos arquipélagos (-14%, para as 7.963 toneladas), a arinca (-14%, para as 5.937 toneladas), o lagostim (-26%, para as 281 toneladas), propondo-se ainda a proibição da pesca de bacalhau em águas ibéricas, entre outras zonas.
Os TAC de carapau em águas ibéricas podem aumentar, segundo a proposta que será discutida pelos Estados-membros em 17 e 18 de dezembro, 69% em 2019, para um total de 94.017 toneladas.
A pesca de tamboril em águas ibéricas pode subir 2% para as 4.023 toneladas e para os TAC de areeiro é proposta uma subida de 35% (para as 1.872 toneladas).
Segundo a proposta do executivo comunitário, que têm em conta pareceres científicos do Conselho Internacional de Exploração do Mar, 62 TAC mantêm-se ou aumentam.
A fim de pôr termo ao desperdício que consiste nas devoluções ao mar de pescado, a partir de 1 de janeiro de 2019 a obrigação de desembarque aplicar-se-á integralmente a todas as frotas de pesca da União Europeia, implicando que todas as capturas a bordo (incluindo as acessórias) de espécies comerciais regulamentadas devem ser desembarcadas e imputadas às quotas respetivas de cada Estado-membro.
Na proposta desta quarta-feira, a Comissão Europeia já deduziu das capturas preconizadas as quantidades correspondentes às isenções à obrigação de desembarcar.
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