Petróleo afunda 8% e penaliza Wall Street
As principais bolsas norte-americanas não resistiram e fecharam no vermelho pressionadas pela forte desvalorização do preço do petróleo.
A queda do preço do petróleo nos mercados internacionais continua a fazer vítimas. Depois de ter pressionado a bolsa de Lisboa com as ações da Galp a caírem mais de 4%, é agora a vez de Wall Street não resistir à queda do “ouro negro”.
As principais bolsas norte-americanas fecharam a sessão desta terça-feira em terreno negativo. O S&P 500 desvalorizou 0,15% para os 2.722,00 pontos, enquanto que o Dow Jones caiu 0,4% para os 25.286,49 pontos. O tecnológico Nasdaq que até abriu a sessão a valorizar depois das fortes quedas verificadas na segunda-feira, devido à desvalorização da Apple, não resistiu e fechou inalterado nos 7.200,87 pontos.
O preço do petróleo caiu mais de 8% depois de Donald Trump ter pressionado a OPEP para que não corte a produção da matéria-prima. A queda do preço do crude acabou por fazer mossa nas energéticas que assim arrastaram os principais índices bolsistas.
O preço do brent em Londres, referência para as importações nacionais, registou a sexta sessão consecutiva de desvalorização, com a cotação da matéria-prima negociada em Londres, a cair mais de 7%. Já nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate registou quedas de 8%.
Em causa estão as declarações do presidente americano a pressionar os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para que não cortem a produção da matéria-prima. Depois de a Arábia Saudita ter mostrado receio de um cenário em que a produção é superior ao consumo, o Chefe de Estado norte-americano recorreu ao Twitter para colocar pressão sobre o cartel.
“Espero que a Arábia Saudita e a OPEP não cortem a produção de petróleo. Os preços do petróleo devem ser bem mais baixos com base na oferta!”, afirmou Trump.
A forte queda do preço do petróleo acontece num dia em que os investidores se mostravam esperançados pela perspetiva de um acordo entre os Estados Unidos e a China, depois de se saber que está previsto um encontro informal entre Trump e Xi Jinping na cimeira do G20, que se vai realizar no fim deste mês na Argentina. Este recomeçar das conversações foi visto pelos mercados com um indicador positivo de um atenuar das tensões comerciais entre os dois países.
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