Saída da Sonangol “apimenta” ângulo especulativo da Galp Energia, diz o BPI

O Caixabank BPI admite que a saída da Sonangol da Galp Energia colocada em cima da mesa por João Lourenço poderá "apimentar" o ângulo especulativo pela petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva.

A Galp Energia está na lista de ativos a vender pela empresa estatal angolana Sonangol. A saída poderá colocar pressão negativa sobre as ações, mas o Caixabank BPI admite que, pelo contrário, tal poderá “apimentar” o apetite especulativo pela petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva.

Essa perspetiva é apontada no Iberian Daily, onde a equipa de research do banco liderado por Pablo Forero comenta a intenção revelada pelo presidente de Angola, João Lourenço, de que o mais provável é que a empresa estatal Sonangol não venha a reforçar a sua posição na Galp Energia, nomeadamente através da compra da posição de Isabel dos Santos. “A tendência é precisamente contrária”, admitiu João Lourenço.

O presidente de Angola confirma que a Galp, “apesar de ter o mesmo negócio core da Sonangol, é um ativo não core insinuando de alguma forma a intenção de vender a sua posição“, começa por dizer o Caixabank BPI. “Caso se confirme, isso poderá apimentar o ângulo de fusões e aquisições da Galp, apesar de a especulação sobre potenciais mudanças na estrutura acionista da Amorim Energia estarem no mercado já há algum tempo”, acrescenta a equipa de research do banco.

Em causa está uma posição indireta na Galp, detida pela Sonangol através da participação da Esperaza na Amorim Energia. A Amorim Energia é uma holding detida em 55% pela família Amorim e 45% pela Esperaza. Por sua vez, a Esperaza tem como acionistas a Sonangol (60%) e Isabel dos Santos (40%). Feitas as contas, a Esperaza detém indiretamente 15,75% da Galp, numa participação avaliada em cerca de 2,2 mil milhões de euros a preços de mercado.

Relativamente ao BCP, instituição em que Angola também pretende desinvestir, o Caixabank BPI apenas refere que a notícia “está em linha com os anteriores comentários de que a Sonangol deveria sair de todos os ativos não core”.

Após um arranque positivo para os dois títulos nesta sessão, o BCP acelera os ganhos para 1,3%, para 24,97 cêntimos. Por sua vez, a Galp Energia que arrancou também em alta, vê as suas ações recuarem uns ligeiros 0,13%, para os 14,84 euros.

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