Sonangol quer alienar participações em mais de 50 empresas. Unitel consta da lista
A empresa angolana detém, atualmente, 25% na Unitel, prestadora de serviços de telecomunicações.
A Sonangol, estatal angolana responsável pela administração e exploração do petróleo e gás natural em Angola, apresentou ao Governo uma lista de mais de 50 empresas onde tem participações e que pretende alienar, total ou parcialmente, até ao final de dezembro de 2019, avançou o líder da empresa, Carlos Saturnino.
Entre as mais de cinco centenas de empresas insere-se a Unitel. “A Sonangol pretende alienar a participação na Unitel”, disse o presidente do conselho de administração da petrolífera, ao Mercado (acesso livre). A empresa angolana detém, atualmente, 25% na prestadora de serviços de telecomunicações. O anúncio terá sido feito após a apresentação do Programa de Regeneração da empresa.
Isabel dos Santos detém 25% da Unitel, através da Vidatel e é presidente do conselho de administração da empresa. A filha de José Eduardo dos Santos, antigo Presidente de Angola, foi afastada da liderança da Sonangol por parte de João Lourenço, sendo substituída no cargo por Saturnino.
Com Saturnino, a empresária tem trocado algumas críticas ao longo dos últimos meses. Acusada pelo líder da Sonangol de “desencorajar o investimento” em Angola, Isabel dos Santos publicou mensagens no Twitter e no Instagram afirmando: “Continuo a investir em Angola e a acreditar nos angolanos”.
A juntar-se à lista de posições em mais de cinco centenas de empresas que a petrolífera pretende vender, podem estar, também, algumas das 19 subsidiárias. Contudo, a Sonangol está ainda a “analisar a mais-valia e o contributo para o grupo” das suas participações na banca comercial angolana, bem como em fundos de investimento no exterior, como é o caso dos Estados Unidos da América (EUA), de Singapura e do Dubai.
De fora desta lista estão as participações da empresa angolana em Portugal. Recorde-se que, no passado mês de agosto, depois da notícia de que a Sonangol estava à procura de um comprador para a participação na petrolífera portuguesa, uma fonte do conselho de administração da empresa angolana veio esclarecer que, “apesar de vir a deixar de exercer o papel de concessionária, a participação da Sonangol na Galp, um ativo altamente valioso, é para manter, assim como no Millennium BCP”.
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