Riqueza gerada por filiais estrangeiras em Portugal cresce 5,3%. Franceses lideram

Apesar do aumento do número de filiais estrangeiras e do valor gerado no ano passado, houve uma desaceleração em 2017 face ao ano anterior.

As filiais francesas foram as que geraram maior valor acrescentado bruto (VAB) em Portugal, ou seja, o resultado final da atividade produtiva, em 2017. O número total de filiais de empresas estrangeiras ascende a 6.455, uma subida de 0,5% face ao ano anterior. Quanto à riqueza criada cresceu 5,3%, revelam os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As empresas estrangeiras dão emprego a cerca de 448 mil pessoas, ou seja, 15,2% dos trabalhadores em Portugal, o que corresponde a um crescimento de 5%.

Espanha é o país que tem maior número de sucursais em Portugal (23,4% do total), o que significa uma diminuição de 0,5 pontos percentuais face a 2016. Já em termos de VAB, o país predominante foi França, com mais de cinco mil milhões de euros. O montante representa um peso de 25,1% no total, mas apresentou ainda assim um decréscimo de 0,3 pontos percentuais face ao ano anterior.

Em 2017, mais de 80% das filiais estrangeiras e mais de 78% do VAB gerado tiveram origem em empresas europeias, seguindo-se o continente americano, com 13,8% das filiais e 15,4% do VAB. Apenas três países (França, Espanha e Alemanha) foram responsáveis por 54,5% do total do VAB gerado por filiais de empresas estrangeiras, valor que permanece inalterado face a 2016. Em termos de sociedades, estes três países detinham 48,5% do número de filiais estrangeiras a operar em Portugal.

Entre os cinco países mais preponderantes no VAB, apenas os Estados Unidos não eram do continente europeu. Os países extra-UE, excetuando os Estados Unidos, contribuíram com 15,8% do número de filiais e com 12,9% do VAB.

O INE revela ainda que as filiais de empresas estrangeiras foram mais produtivas que as empresas nacionais em cerca de 18,1 mil euros. A remuneração média mensal por pessoa é de 1.351 euros, o que compara com os 943 euros que os trabalhadores ganham em média nas empresas nacionais. Nesta lógica de comparação, as filiais estrangeiras também saem a ganhar em termos de investimento. A taxa de investimento foi de 24,2% face aos 20,6% nas sociedades nacionais.

Apesar dos aumentos tanto no número de filiais estrangeiras, como da riqueza gerada no ano passado, houve uma desaceleração no ano passado em comparação com 2016.

O crescimento do número total tinha sido de 2,9% em 2016 (mais 2,4 pontos percentuais que no ano passado) e a subida do VAB de 6,1% (mais 0,8 pontos percentuais). Em 2016, havia 6.360 filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal. No total, estas geraram um VAB de 19,4 mil milhões de euros, dos quais 25,5% tiveram França como país de origem. As filiais estrangeiras representaram, tanto em 2015 como em 2016, 1,7% do total das empresas em Portugal.

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