Investidores receiam fim da trégua comercial. Wall Street abre a cair

A prisão da administradora financeira da chinesa Huawei está a provocar novas dúvidas aos investidores, sobre a possibilidade de Washington e Pequim fecharem um acordo durante os 90 dias de tréguas.

Há mais um episódio a deixar os investidores receosos quanto às tréguas na guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China. Depois de as autoridades canadianas terem detido, no passado sábado, a administradora financeira da chinesa Huawei Technologies, Meng Wanzhou — que agora enfrenta a possibilidade de ser extraditada para os Estados Unidos –, os mercados estão a ressentir-se, com medo que o sucedido ponha em causa as tréguas comerciais.

O S&P 500 iniciou a negociação a perder 1,53% para 2.658,71 pontos. Já o tecnológico Nasdaq recuou 1,90% para 7.022,29 pontos e o industrial Dow Jones, por sua vez, perdeu 1,70% para 24.601,67 pontos.

A detenção da administradora da fabricante de telemóveis chinesa acontece por suspeita da filha do criador da Huawei ter violado sanções impostas pelo Governo norte-americano ao Irão, o que está a provocar novas dúvidas sobre a possibilidade de Washington e Pequim fecharem um acordo durante os 90 dias de tréguas.

“Não me parece que algo tenha realmente sido acordado”, disse JPMorgan, acrescentando que os tweets de Donald Trump “parecem, se não fabricados, muito exagerados”.

O destaque vai mesmo para o tecnológico Nasdaq, que foi o índice mais penalizado na abertura da negociação. A Apple também está a ser penalizada, com perdas na ordem dos 2,98% para os 171,42 dólares. A queda nos títulos da empresa liderada por Tim Cook acontece depois de um dos seus fornecedores (Cirrus Logic) ter cortado as estimativas de receitas. Além disso, recorde-se que o Presidente norte-americano já tinha dito que as próximas taxas na guerra comercial poderiam afetar, também, os telemóveis da marca, os iPhone.

A estes episódios, acresce ainda um outro. O mercado petrolífero também está a registar quedas superiores a 2%, em antecipação da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), depois da Arábia Saudita ter dito que propõe uma redução da produção mais baixa do que se esperava.

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