Grupo Hi Fly investe 30 milhões em hangar para manutenção de aviões em Beja
As obras de construção arrancam no início do próximo ano e o hangar deverá começar a funcionar no terceiro trimestre de 2020.
A empresa Mesa vai investir 30 milhões de euros na construção de um hangar para manutenção de aviões no aeroporto de Beja, que deverá começar no primeiro trimestre de 2019, revelou à Lusa, esta terça-feira, o presidente do grupo proprietário.
Segundo Paulo Mirpuri, presidente do grupo Hi Fly, o proprietário da Mesa, as obras de construção deverão começar “no primeiro trimestre de 2019” e durar 18 meses, devendo o hangar começar a funcionar “no terceiro trimestre de 2020”. A Mesa prevê investir “30 milhões de euros” na construção do hangar, que deverá criar “cerca de 150 postos de trabalho ao longo dos três primeiros anos de atividade“, acrescentou.
Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Beja, Luís Miranda, indicou que a autarquia “já aprovou o projeto de arquitetura e concedeu uma licença parcial para a montagem do estaleiro e a movimentação de terras” para a construção do hangar de manutenção de aviões da Mesa. Segundo o autarca, o município prevê aprovar os projetos de especialidades do hangar “em breve” e, depois de aprovados, a licença parcial concedida tornar-se-á “definitiva e sem condicionantes” e as obras poderão avançar.
De acordo com informações da ANA – Aeroportos de Portugal, que gere o aeroporto de Beja, o hangar irá servir para manutenção de base da frota de aviões Airbus da companhia aérea Hi Fly — que também pertence ao grupo Hi Fly e, desde 2016, usa o aeroporto de Beja para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões — e de aviões de outras companhias aéreas com contrato de manutenção com a Mesa.
O projeto prevê a construção de um hangar, oficinas e arranjos exteriores, com uma área total de 9.500 metros quadrados, um centro técnico com capacidade para aviões de grande porte, incluindo os modelos airbus A330, A340, A350 e A380.
Paulo Mirpuri disse que a Mesa decidiu construir o hangar em Beja porque, atualmente, é “o único” aeroporto português que “pode acomodar todos os tipos de aeronaves que constituem a frota da Hi Fly, incluindo o airbus A380”, o maior avião comercial do mundo, e “tem espaço disponível” para estacionamento de aeronaves e instalação de hangares.
Segundo Paulo Mirpuri, “com o acréscimo da capacidade” de manutenção, através do novo hangar no aeroporto de Beja, a Mesa espera “não só acompanhar o forte crescimento da frota da Hi Fly como captar novos clientes oriundos principalmente da Europa e de África”.
O desenvolvimento e a expansão da atividade da Mesa vai incluir também “um novo centro logístico de suporte às atividades acrescidas de manutenção”, cuja localização “será decidida no segundo semestre de 2019” e poderá ser em Lisboa, Palmela ou Beja, disse o mesmo responsável.
Segundo o administrador da ANA Thierry Ligonnière, o projeto da Mesa “corresponde ao objetivo” da empresa gestora “de desenvolver o aeroporto de Beja e o seu potencial enquanto unidade para atividades a montante ou a jusante da aviação e atividade aeroportuária”.
O projeto “materializa a aposta” da ANA na implantação de atividades de manutenção e desmantelamento e no desenvolvimento do segmento de estacionamento de média-longa duração de aviões no aeroporto de Beja, segundo Thierry Ligonnière.
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