Governo vai a Davos agarrar oportunidades para promover país
O executivo português promete agarrar "todas as oportunidades" para promover Portugal no Fórum Económico Mundial de Davos. Figuras de peso como Trump vão estar ausentes.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta segunda-feira à Lusa que vai aproveitar “todas as oportunidades” da sua participação no Fórum Económico Mundial de Davos para promover Portugal, contando com “três dias muito intensos” e “com muitos contactos”.
“Serão três dias muito intensos, com muitos contactos, já temos não apenas a participação em painéis onde irei intervir, como painéis de discussão aberto e, finalmente, já temos muitos contactos bilaterais com dirigentes de empresas que são ou investidores em Portugal (…), quer com aqueles que queremos atrair também para o nosso país”, afirmou o ministro Adjunto e da Economia, que lidera a comitiva que integra ainda o secretário de Estado da Internacionalização.
“Devemos aproveitar todas estas oportunidades” que permitam dar a conhecer Portugal, acrescentou o governante.
“E nós vamos aproveitar todas as oportunidades (…) para fazermos o máximo de contactos para promover o nosso país”, salientou Pedro Siza Vieira, que inicia na terça-feira a participação portuguesa em Davos.
“Este ano o tema do encontro é o que chamaram Globalização 4.0, isto é, a ideia de que o processo de globalização está neste momento a ser questionado por alguns dos seus principais protagonistas e isso implica ter alguma reflexão”, afirmou o governante.
“Temos ao mesmo tempo questões sobre comércio internacional, o crescimento da tecnologia quer ao nível da inteligência artificial, quer ao nível da digitalização da economia” e tal tem “reflexos sobre o processo de crescimento, a forma como se pode assegurar o potencial de inovação nas várias economias e como os vários protagonistas mundiais podem cooperar para assegurar que o processo de crescimento é justamente distribuído por todas as regiões e por todas as partes sociais”, prosseguiu Pedro Siza Vieira.
“Portugal vai participar nisso, por um lado ao nível de intervenções que irei ter, a convite da organização sobre alguns processos propriamente ditos, mas também não nos podemos esquecer que Davos é uma ocasião muito singificativa para se encontrar muita gente e para se poder vender o potencial do país, as qualidades do país, e também dessa forma tentar mostrar Portugal como um país inovador, um país aberto ao investimento externo e captar também oportunidades de investimento”, sublinhou, adiantando que durante os três dias vai ter uma agenda com várias reuniões em cadeia.
O Fórum Económico Mundial de Davos arranca na terça-feira, naquela que é considerada a reunião mais importante do ano, com as ausências dos líderes de França, Reino Unido e Estados Unidos.
A ausência do Presidente norte-americano, Donald Trump, e da sua delegação oficial, devido ao encerramento parcial (designado por ‘shutdown’), representa uma situação inédita em quase meio século de história do Fórum de Davos.
O evento acontece numa altura em que a situação económica e política a nível internacional levanta dúvidas sobre o futuro, com a manifestação dos ‘coletes amarelos’ em França, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’) e a insistência de Trump na construção de um muro na fronteira com o México.
Aliás, o tema do fórum assenta na globalização e as suas consequências.
Com 3.000 participantes, entre os quais mais de 60 chefes de Estado e do Governo, o Fórum de Davos também conta com centenas de líderes das empresas mais influentes em cerca de duas dezenas de indústrias.
A Europa estará ainda representada, essencialmente, pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e pela chanceler alemã, Angela Merkel.
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