Operação Marquês. Interrogatório a Armando Vara adiado para 5 de fevereiro

  • Lusa
  • 28 Janeiro 2019

O interrogatório de Armando Vara como testemunha de Bárbara Vara, sua filha, e ambos arguidos na Operação Marquês, foi adiado de terça-feira para o dia 05 de fevereiro, por decisão de Ivo Rosa.

O interrogatório de Armando Vara como testemunha de Bárbara Vara, sua filha, e ambos arguidos na Operação Marquês, foi adiado de terça-feira para o dia 05 de fevereiro, por decisão do juiz de instrução, Ivo Rosa. Segundo fonte ligada ao processo, na origem do adiamento está a greve dos guardas prisionais, cujos serviços mínimos não contemplam o transporte de presos para diligências não urgentes.

Armando Vara está detido no Estabelecimento Prisional de Évora, a cumprir cinco anos de cadeia no âmbito do processo Face Oculta.

Bárbara Vara começou a ser ouvida pelas 14:30 na fase de instrução do processo Operação Marquês, que se iniciou hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal. A arguida é acusada de dois crimes de branqueamento de capitais, um em cumplicidade com o seu pai, a cumprir pena de prisão ao abrigo do processo Face Oculta, e outro em coautoria com outros arguidos do processo, nomeadamente Carlos Santos Silva. À entrada do tribunal, nem a arguida nem os seus advogados, Rui Patrício e João Cluny, quiseram prestar declarações, remetendo para o fim da sessão eventuais comentários.

Armando Vara é uma das testemunhas arroladas pela sua filha, tendo o seu interrogatório sido marcado inicialmente para terça-feira.

O juiz de instrução Ivo Rosa já marcou diligências até ao final de maio, prevendo-se que este processo dure cerca de um ano, dado o número de testemunhas que irão depor e os interrogatórios dos arguidos que pediram para ser ouvidos.

O inquérito da Operação Marquês, que teve início há mais de cinco anos — culminou na acusação a 28 arguidos — 19 pessoas e nove empresas — e investigou a alegada prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

José Sócrates foi acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

Entre outras imputações, o Ministério Público está convencido de que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento de luxo Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Entre os 28 arguidos estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

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