Operação Marquês. Vara não vai testemunhar amanhã
O ex-governante ia ser ouvido esta terça-feira como testemunha de Bárbara Vara no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês, mas greve de guardas prisionais impede que seja transportado.
Armando Vara está impedido de sair do estabelecimento prisional de Évora esta terça-feira para testemunhar a favor da filha, Bárbara Vara, no âmbito da fase de instrução da Operação Marquês. O motivo? A greve dos guardas prisionais, que está a correr entre 16 de janeiro e 3 de fevereiro. A notícia é avançada pelo Observador, que adianta que a audição de Vara poderá ser adiada.
Segundo informação da Direção Geral de Reinserção e Serviços, enviada ao juiz de instrução criminal Ivo Rosa na passada quinta-feira, os guardas prisionais só transportavam reclusos para diligências consideradas “absolutamente prementes e de realização inadiável”.
Em despacho, o juiz considerou que a audição do ex-governante não era urgente, pelo que deverá ser marcada outra data para se ouvir o arguido como testemunha da filha, Bárbara Vara, também arguida no processo da Operação Marquês.
A fase de instrução da Operação Marquês arranca esta segunda-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, e vai ser dirigida pelo juiz Ivo Rosa. A calendarização das diligências desta fase já foi definida pelo juiz até maio: até lá vão ser ouvidos pelo menos oito arguidos e 30 testemunhas. Bárbara Vara é a primeira arguida a ser ouvida e o pai, Armando Vara (também arguido), contava com audição marcada para terça-feira para ser ouvido como testemunha.
Armando Vara está detido em Évora desde o dia 16 de janeiro, depois de a pena de cinco anos que o condenava, por três crimes de tráfico de influência, no caso Face Oculta transitar em julgado. O tribunal deu como provado que o ex-governante recebeu 25 mil euros do sucateiro Manuel Godinho, o principal arguido naquele processo.
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