Ministério Público pede caução para Vara, mas juiz recusa

  • ECO
  • 28 Janeiro 2019

O Ministério Público teme que o antigo governante dissipe os seus bens e pediu uma caução de meio milhão de euros, mas Ivo Rosa recusou-a. A fase de instrução arranca esta segunda-feira.

O Ministério Público pediu uma caução de meio milhão de euros para o antigo ministro socialista, Armando Vara, por temer que o antigo governante dissipe os seus bens. O jornal Público escreve que, no entanto, o juiz de instrução criminal, Ivo Rosa, não decretou a medida por entender que esta não se justifica. Entretanto, eliminou ainda uma caução anterior no valor de 300 mil euros, que impendia sobre este arguido.

O antigo governante está atualmente a cumprir uma pena de cinco anos na cadeia de Évora, na sequência do processo Face Oculta. Responde agora pelos crimes de corrupção passiva, fraude fiscal qualificada e lavagem de dinheiro.

A fase de instrução da Operação Marquês, em que o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, é um dos 28 arguidos, arranca esta segunda-feira em Lisboa.

A maioria dos 19 acusados dedica uma parte significativa da argumentação a atacar as provas recolhidas durante a investigação e pede que sejam consideradas inválidas. José Sócrates é dos arguidos a exigir o encerramento do processo, sustentando que “não cometeu qualquer crime”.

Cabe agora ao juiz de instrução, Ivo Rosa, titular do processo nesta fase, determinar se a entrada em vigor do novo mapa judiciário obrigava à redistribuição do processo, que estava nas mãos do juiz Carlos Alexandre desde 2013, quando ainda apenas havia este magistrado no TCIC.

Esta segunda-feira, a primeira arguida a falar é Bárbara Vara, filha de Armando Vara, que está acusada de branqueamento de capitais. Esta fase de instrução contará com audiências nos três últimos dias de cada mês.

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