Costa admite recorrer à requisição civil dos enfermeiros
Primeiro-ministro admite participar às autoridades judiciárias o papel da Bastonária da Ordem dos enfermeiros. Costa diz "não querer escalada de tensão", mas garante que agirá "com a justiça devida".
António Costa admite em entrevista à SIC que vai “usar todos os meios legais” para travar a greve dos enfermeiros e nesse sentido admite recorrer à requisição civil. Mas também processar a Ordem.
O primeiro-ministro revelou que vai “comunicar às autoridades judiciárias” o papel da bastonária da ordem dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco, a quem acusa de apoiar a greve dos enfermeiros.
Costa lembra que as ordens profissionais estão “expressamente proibidas de quaisquer tipo de atividades sindicais, que a ordem dos enfermeiros tem violado claramente”.
Na entrevista, Costa que já classificou a greve dos enfermeiros como “selvagem”, alertou para a necessidade de distinguir entre os sindicatos que “recorrem a formas legais dos que usam as greves”. Mas acusou alguns sindicatos dos enfermeiros de terem um comportamento cruel em relação aos doentes. O primeiro-ministro disse ainda que “os enfermeiros são essenciais para o Sistema Nacional de Saúde”. Em apenas dois dias de greve já foram adiadas 57% das cirurgias previstas.
Costa destaca que não pretende “uma escalada de tensão”, mas garante que agirá com “a firmeza necessária e com a justiça devida”. “Somos justos, mas chegamos ao limite do que podíamos aceitar” pelo que se for “necessário iremos utilizar a requisição civil”, garantiu o chefe de Governo.
O primeiro-ministro admite, no entanto, que há várias interpretações jurídicas, mas lembrou que o Governo já aceitou a principal reivindicação dos enfermeiros e que “tinha a ver com a criação de uma carreira com três categorias: enfermeiro, enfermeiro especialista e enfermeiro gestor”. Mas o ponto da discórdia recorda é “a base de entrada na carreira inicial”. Costa sublinha que o executivo já aceitou subir para 1.200 euros, mas a reivindicação dos sindicatos é atingir os 1.600 euros, “o que é incomportável”, garante António Costa.
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