Enfermeiros avançam com providência cautelar para travar requisição civil

  • Guilherme Monteiro
  • 8 Fevereiro 2019

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que a requisição civil "não tem razão de ser" já que "não há violação dos serviços mínimos".

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (SinDePor), um dos dois sindicatos envolvidos na greve cirúrgica, vai interpor uma providência cautelar para suspender a requisição civil decretada pelo Governo.

A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, em declarações à SIC Notícias, garantiu que a portaria publicada pelo Governo “não tem razão de ser” já que “não há violação dos serviços mínimos”.

Ainda assim, a Bastonária deu conta de que vai reunir, tal como já havia feito na primeira greve cirúrgica, com os enfermeiros diretores, com os sindicatos e com o movimento da greve, para “perceber se houve ou não houve violação dos serviços mínimos”.

Ana Rita Cavaco, que falava à porta do hospital Santa Maria, em Lisboa, onde o Sindicato Democrático dos Enfermeiros anunciou a providência cautelar, voltou a apelar ao Governo para entrar em negociações.

A Bastonária acusou o Governo de estar a atacar os enfermeiros, críticas que também alargou ao Bloco de Esquerda e o PCP “que ainda não se ouviram relativamente a esta requisição civil e em vez de tentarem consensos estão sistematicamente a desferir ataques aos enfermeiros”. Ana Rita Cavaco disse que “cada vez que atacam a sua bastonária, é óbvio que estão a atacar os enfermeiros”.

Sobre a entrevista do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à TVI24, em que o Chefe de Estado se mostrou preocupado por haver entre os enfermeiros quem não queira cumprir com a requisição civil decretada pelo Governo, Ana Rita Cavaco voltou a alertar “que os enfermeiros estão a ser encostados a uma posição insustentável”, insiste que “há uma greve que é lícita” e que “ao insistirem em não negociarem com os enfermeiros empurram-nos provavelmente para o abandono de serviço”.

A requisição civil foi decretada em quatro hospitais – o Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.

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