Espanha vai ter eleições antecipadas a 28 de abril
O presidente do Governo espanhol anunciou a realização de eleições antecipadas a 28 de abril depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2019.
28 de abril. Esta é a data das novas eleições legislativas em Espanha. Pedro Sánchez anunciou esta sexta-feira, uma hora depois de reunir em Conselho de Ministros, que o país vai ser chamado de novo às urnas depois de o Orçamento do Estado ter sido chumbado na quarta-feira no Parlamento. Estas serão as terceiras eleições em menos de quatro anos.
“Convoco eleições. Espanha deve seguir avançando. Haverá eleições gerais a 28 de abril”, declarou o socialista, que evitou, assim, que se desse um “super domingo” a 26 de maio, outra das datas mais apontadas nos últimos dias para as eleições gerais e dia em que estão já marcadas eleições europeias, autárquicas e regionais em Espanha.
“O Governo tinha a firme convicção de governar para a maioria, de unir os espanhóis”, continuou Sánchez, que fez ainda questão de salientar as medidas que o seu governo conseguiu aprovar — 13 leis e mais de 25 decretos reais — em pouco mais de oito meses.
O socialista ainda defendeu o Orçamento do Estado, que não conseguiu que fosse aprovado pelos votos contra da oposição conservadora e dos independentistas catalães, como sendo um bom orçamento “para os espanhóis e para todos e cada um dos territórios do nosso país”. Ainda assim, embora o Orçamento não tenha passado, continuou, “o aumento das pensões, do salário mínimo, do salário dos funcionários públicos, com ou sem orçamentos, são garantidos”.
O primeiro-ministro espanhol disse que o país deve seguir agora avançando, “sem crispação, redistribuindo a riqueza” e “reconhecendo novos direitos e liberdades”. O ambiente de campanha dos partidos em Espanha, que já se começava a sentir, segue agora com mais força, numa “primavera eleitoral”. Segundo dá conta o El País, a cinco de março as eleições gerais vão ser convocadas, depois de dissolvidas as cortes, e a campanha eleitoral arranca oficialmente a 12 de abril.
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Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro em 2 de junho de 2018, depois de o PSOE ter conseguido aprovar no parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o Executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), com o apoio do Unidos Podemos (coligação de extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.
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