Rangel já não vai à Venezuela avaliar situação política. Perdeu o voo por congestão de tráfego em Madrid

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2019

"Estou desolado", escreveu o eurodeputado numa mensagem no Facebook. Pediu a um colega para estabelecer contactos com comunidades portuguesas.

O eurodeputado Paulo Rangel anunciou, este domingo, que devido à congestão de tráfego aéreo em Madrid perdeu o voo que o levaria a Caracas, Venezuela, numa delegação do Partido Popular Europeu para avaliar a situação política e humanitária naquele país.

Más notícias: estou desolado. Devido a congestão de tráfego aéreo no aeroporto de Madrid, o voo chegou muito atrasado e, por este motivo de força maior, perdi por pouco a ligação a Caracas”, escreveu o eurodeputado numa mensagem na rede social Facebook, na qual dá conta que pediu ao “colega Esteban Gonzalez Pons para estabelecer alguns dos contactos previstos com as comunidades portuguesas“.

Na sexta-feira, Paulo Rangel tinha dito à Lusa que iria a Caracas, juntamente com outros dois vice-presidentes do PPE, o espanhol Esteban González Pons e a holandesa Esther de Lange, entre outros, para ter “uma informação mais detalhada sobre a situação no terreno”.

A Iberia, que assegura o trajeto do Porto para Caracas, passando por Madrid, “assumiu a responsabilidade, mas, infelizmente, só há novo voo na terça-feira”, explicou o eurodeputado este domingo, acrescentando que “nessa altura, terão já terminado os encontros previstos, nomeadamente com [o autoproclamado Presidente interino da Venezuela] Guaidó e com a comunidade lusa”.

No final da mensagem, Paulo Rangel escreve: “Estou totalmente solidário com a missão. Muito triste por não a poder integrar, mas muito confiante no trabalho dos meus colegas!”

A delegação do PPE, o maior grupo político do Parlamento Europeu, estará na Venezuela até terça-feira, já tem encontros confirmados com todos os grupos parlamentares com representação na Assembleia Nacional (parlamento venezuelano) e com o presidente daquele órgão legislativo e autoproclamado Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó.

O governo venezuelano tem insistido em negar a existência de uma crise humanitária no país e tem dito que não permitirá a entrada de ajuda na Venezuela. A ajuda humanitária fornecida pelos Estados Unidos, que inclui alimentos e medicamentos, está retida atualmente na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro. Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

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