5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Rita Atalaia
  • 23 Novembro 2016

O Banco de Portugal apresenta o relatório de estabilidade financeira. A concessão de crédito e a solidez da banca vão estar em foco. Isto no mesmo dia em que o IGCP realiza o último leilão de dívida.

Os investidores vão estar de olho na banca portuguesa. Numa altura em que o setor mostra sinais de fragilidade, o Banco de Portugal apresenta o relatório de estabilidade financeira. A concessão de crédito e a solidez do sistema financeiro devem ser alguns dos temas que constam neste documento. Isto no mesmo dia em que o IGCP realiza o último leilão de dívida soberana deste ano.

Na Europa, os investidores vão perceber qual o impacto de Donald Trump nos setores dos serviços e indústria da Zona Euro. Olhando para o Reino Unido, o ministro das Finanças vai apresentar o comunicado de outono, onde pode revelar mais estímulos para a economia.

Portugal deve pagar mais para se financiar

Portugal deverá pagar uma taxa de juro média entre os 2,1% e os 2,2% quando o Tesouro português for hoje ao mercado pela última vez em 2016 tentar levantar obrigações do Tesouro a cinco anos, num montante entre os 500 e os 750 milhões de euros. Os custos de financiamento do Estado português deverão assim agravar-se face ao último leilão comparável, realizado a 26 de outubro, quando Portugal pagou um juro médio de 1,751% — no leilão anterior pagou um juro de 1,87% — para angariar 1.000 milhões de euros.

Investidores de olho na banca portuguesa

O Banco de Portugal vai apresentar o relatório de estabilidade financeira. Neste relatório, o banco central português deverá analisar tópicos como a concessão de crédito, rentabilidade e solidez do sistema bancário e riscos e vulnerabilidades da banca, numa altura em que o setor bancário tem mostrado sinais de fragilidade.

Qual o impacto de Trump na Zona Euro?

O índice de gestores de compras compósito — que inclui os setores dos serviços e indústria da Zona Euro — ficou nos 53,3 pontos em outubro. Isto em comparação com 52,6 pontos em setembro. Será que esta melhoria se vai manter em novembro? Esta quarta-feira é divulgada a leitura preliminar para novembro e os investidores querem ver se o PMI para novembro vai ser influenciado pela vitória de Donald Trump. Este indicador recuou acentuadamente após o Reino Unido ter decidido sair da União Europeia.

Mais medidas a caminho no Reino Unido?

O ministro das Finanças britânico terá uma tarefa difícil quando apresentar o comunicado de outono. Philip Hammond deve ser confrontado com previsões que apontam para um abrandamento do crescimento económico, para uma aceleração da inflação e para um aumento dos custos de financiamento. Por isto mesmo, o ministro não vai excluir grandes estímulos orçamentais, uma vez que quer continuar a mostrar progresso a nível das finanças públicas do Reino Unido. Projetos de investimento e apoios às famílias devem estar no topo das suas prioridades.

Fed pode dar mais pistas sobre política monetária

A Reserva Federal dos EUA vai apresentar as atas referentes à última reunião de política monetária, no início de novembro, que podem dar mais pistas sobre a decisão tomada. Nesta reunião, os responsáveis do banco central dos EUA mantiveram as taxas de juro, mas sinalizaram que querem subi-las em dezembro. Os investidores também parecem convencidos de que os juros vão mesmo aumentar no próximo mês. Pela primeira vez, o mercado atribui uma probabilidade de 100% a um movimento de subida de juros nos EUA na próxima reunião da Fed, em dezembro, segundo cálculos da Bloomberg, com base na evolução dos futuros no mercado de obrigações.

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