Kraft Heinz afunda 26%. Está a ser investigada pelo regulador dos mercados nos EUA
A Kraft Heinz cai 26%, depois de anunciar que vai reduzir os dividendos e que está sob investigação da SEC. Mas as bolsas recuperam, à espera da reunião entre Trump e o vice-presidente da China.
As bolsas norte-americanas abriram em alta perante os sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, num dia em que o Presidente, Donald Trump, vai receber na Sala Oval da Casa Branca o vice-presidente chinês, Liu He. Ainda assim, o dia em Wall Street está a ser marcado pela queda de mais de 26% nas ações da Kraft Heinz, que admitiu estar a ser alvo de uma investigação da SEC.
As ações da Kraft Heinz afundam mais de 26%, para perto dos 35,40 dólares. A queda acentuada acontece depois de a empresa ter anunciado que está sob investigação da SEC, o regulador norte-americano do mercado de capitais, por planeamento fiscal agressivo. Além disso, vai reduzir o perímetro e vender marcas fora do negócio core. Mais: anunciou um corte nos dividendos, de acordo com o The Wall Street Journal (acesso pago), um autêntico murro no estômago dos investidores.
Kraft afunda em bolsa. SEC assusta investidores
Ainda assim, o S&P 500 avança 0,29%, para 2.782,81 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq sobe 0,30%, para 7.481,83 pontos. O industrial Dow Jones valoriza 0,37%, para 25.945,29 pontos, beneficiando de subidas expressivas nas ações das empresas mais sensíveis às questões comerciais. É o caso da Boeing, que soma 0,71%, para 420,54 dólares por ação. Ou da Caterpillar, que valoriza 0,35%, para 139,36 dólares cada título.
EUA e China tentam há semanas fechar um acordo satisfatório a ambas as partes, no sentido de travar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Este tem sido, aliás, um dos fatores que mais tem condicionado as negociações bolsistas nos últimos meses, e ameaça mesmo o desempenho da economia global, segundo têm apontado diversas entidades, como o FMI.
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A valorização nesta última sessão da semana surge depois de uma queda de 0,35% no índice de referência em Wall Street. A pressão vendedora espelhou a reação dos investidores à divulgação de dados económicos negativos que apontam para uma desaceleração da economia norte-americana. As encomendas de bens de capital, excluindo a defesa, caíram 0,7%, enquanto os economistas previam que, pelo contrário, subissem 0,2%.
“O mercado passou de um sentimento de preocupação na quinta-feira para a possibilidade de um desenvolvimento nas negociações comerciais. Estamos a recuperar da pressão vendedora de ontem [quinta-feira] e o nosso principal foco são as transações”, disse à Reuters Peter Cardillo, economista-chefe da Spartan Capital Securities em Nova Iorque.
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