Trump inscreve reforço de gastos com muro no Orçamento para 2020
Russ Vought considera que as condições de segurança nas fronteiras "estão a deteriorar-se a cada dia que passa", pelo que Trump não vai ceder na sua exigência da construção do muro com o México.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, vai inscrever, no Orçamento para 2020, mais 8,6 mil milhões de dólares para a construção do muro na fronteira com o México, confirmou esta segunda-feira o seu chefe de Orçamento.
Russ Vought, diretor em exercício do Departamento de Orçamento da Casa Branca, disse que as condições de segurança nas fronteiras “estão a deteriorar-se a cada dia que passa”, pelo que o Presidente não vai ceder na sua exigência da construção do muro que prometeu durante a campanha presidencial de 2016.
Para além das verbas que acionará ao abrigo da declaração de emergência decretada em fevereiro, Vought confirmou que Trump irá inscrever, no Orçamento que entregará esta segunda-feira ao Congresso, mais 8,6 mil milhões de dólares (cerca de 7,5 mil milhões de euros), para a construção do muro na fronteira com o México.
Esta verba supera o que Donald Trump tinha pedido inicialmente ao Congresso, cerca de cinco mil milhões de dólares (o equivalente a 4,5 mil milhões de euros), e multiplica por várias vezes os cerca de 1,6 mil milhões de dólares (que equivalem a 1,4 mil milhões de euros) que o Congresso quer autorizar para a construção do muro.
Russ Vought disse que o Orçamento que será apresentado no Congresso compensa estes gastos adicionais em segurança com cortes em várias áreas, nomeadamente na ajuda externa e nas reformas da segurança social. A proposta orçamental prevê um aumento nos gastos com as forças armadas, mas reduz o dinheiro destinado a programas de investimento público.
O chefe do orçamento da Casa Branca disse que o Governo está a dar prioridade à contenção com os “gastos imprudentes de Washington”.
Os dados conhecidos desta proposta já foram criticados pela maioria Democrata na Câmara dos Representantes, por não responder às necessidades do país. O presidente da Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, John Yarmuth, considera que os cortes propostos para serviços essenciais são “perigosos”.
Os líderes Democratas no Senado e na Câmara, Chuck Schumer e Nancy Pelosi, respetivamente, também já disseram que não permitirão os gastos solicitados para a construção do muro na fronteira com o México.
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