Atas rasuradas pela CGD podem atrasar início da comissão de inquérito
A CGD defende que a informação rasurada não é relevante para a comissão de inquérito, e que diz respeito a outros créditos ou informação interna. Os deputados querem conhecer os pontos em falta.
Depois de já terem sido adiadas audições da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) devido à dimensão dos documentos entregues, o estado das atas pode atrasar novamente o processo. Algumas delas encontram-se rasuradas, e os deputados querem conhecer a informação em falta, escreve o Público (acesso condicionado).
A CGD, por sua vez, garante que os pontos rasurados não são relevantes para a comissão. O banco público estava sujeito à nova legislação sobre transparência bancária, que requer que as instituições entreguem a informação pedida pelas comissões, mas defende que enviou a informação referente às 25 operações mais ruinosas. O que foi apagado será referente a outras operações ou situações internas.
Mesmo tendo em conta esta justificação, o presidente da comissão de inquérito, Luís Leite Ramos, não vai desistir do pedido para que as atas venham completas, já que a informação que a CGD não considera relevante pode sê-lo para os deputados. “Há um entendimento diferenciado entre a CGD e a CPI sobre o que é o objeto da comissão”, diz em declarações ao Público.
O volume da documentação recebida, bem como a intenção de receber as atas sem estarem rasuradas, são fatores que poderão atrasar o arranque das audições da comissão de inquérito. São mais de duas dezenas de pastas com documentação variada sobre a vida da CGD nos últimos anos, desde o relatório original da auditoria da EY (sem rasuras) e às atas das reuniões da administração do banco e do conselho de crédito.
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