CGD volta a subir comissões. Levantar dinheiro com caderneta ao balcão custará o triplo
Mês e meio depois, a CGD volta a encarecer serviços. Clientes com a "conta pacote" mais barata, contas de universitários e levantamentos ao balcão com caderneta estão entre os principais alvos.
A Caixa Geral de Depósitos volta a carregar nas comissões. Pouco mais de um mês após a última atualização de comissões, em que uma das principais novidades foi o disparo de 60% do preço das transferências online, o banco liderado por Paulo Macedo volta a encarecer alguns serviços e produtos bancários. Desta vez entre os principais alvos estão os clientes com a “conta pacote” mais barata da instituição, as contas de estudantes universitários com mais de 26 anos, mas também os levantamentos de dinheiro ao balcão com caderneta que quase triplicam de preço. As mexidas entram em vigor em maio.
A partir de 15 de maio, os clientes da Caixa que disponham da conta Caixa S — a “conta pacote” mais barata da instituição — e que beneficiem da mensalidade com bonificação vão passar a pagar mais. Os clientes nessas condições pagam atualmente uma mensalidade de 2,50 euros (2,60 euros após Imposto do Selo). Quando entrar em vigor o novo preçário vão passar a pagar mensalmente 2,80 euros (2,91 euros com IS) por esse serviço, o que corresponde a uma subida de 12%.
A conta Caixa S dá acesso a partir de um custo único à manutenção de conta, um cartão de débito e duas transferências a crédito por mês. O preço base deste serviço é de quatro euros por mês, mais IS, sendo que este valor se vai manter. A subida de custo afetará apenas os clientes que tenham associada à sua conta S a domiciliação de rendimentos ou um património financeiro igual ou superior a cinco mil euros, condições necessárias para ter bonificação na mensalidade. Nas contas pacote mais completas — a M e a L — a CGD não vai ocorrer qualquer alteração de custos.
O aumento de encargos vai afetar uma fatia dos cerca de 1,5 milhões de clientes que aderiram às contas pacote lançadas pela CGD em meados de 2017. O universo total de clientes da Caixa ascende a mais de 3,2 milhões.
Estudante universitário com mais de 26 anos perdem isenção na conta
O universo universitário também é visados nas mexidas de preçário do banco liderado por Paulo Macedo. Mais em específico os estudantes universitários com 26 anos ou mais anos que perdem a isenção da manutenção de conta, sendo que o mesmo acontece com as contas de docentes e funcionários universitários.
Às “contas à ordem uni-tituladas por estudantes com idade =/> 26 com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades” vão passar a ser aplicadas uma comissão mensal de dois euros (mais IS), o que em termos anuais irá representar um custo de 24 euros.
Já no caso das “contas à ordem uni-tituladas por docentes ou funcionários universitários com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades”, passa a ser-lhes cobrado mensalmente 2,8 euros (mais IS), ou o correspondente a 33,60 euros anuais (mais IS).
“Contas à ordem uni-tituladas por docentes ou funcionários universitários com cartão Caixa IU-Institutos e Universidades e cartão Caixa Classic (sem programa de lealdade) ou Caixa ITIC” passam a ver-lhes aplicada uma comissão de manutenção de quatro euros por mês (mais IS) e 48 euros (mais IS) por ano.
Apenas os estudantes universitários com menos de 26 anos de idade vão manter a isenção da manutenção de conta.
Levantar dinheiro com caderneta ao balcão? Vai custar quase o triplo
Outra das alterações previstas na atualização do preçário da Caixa incide sobre a utilização da caderneta para fazer levantamentos ao balcão. Pouco mais de um ano depois de ter passado a cobrar por esse serviço, a instituição liderada por Paulo Macedo vai quase triplicar o respetivo custo.
Atualmente, os clientes que se desloquem a um balcão da CGD para proceder um levantamento de dinheiro recorrendo à caderneta pagam um euro por essa operação (1,04 euros com IS), serviço que apenas começou a ser cobrado em maio do ano passado. A partir de 15 de maio, quem fizer levantamentos ao balcão com a caderneta vai passar a pagar 2,75 euros, valor que após aplicado o IS ascende a 2,86 euros. Ou seja, 175% acima do valor atualmente em vigor.
Esta mexida insere-se num contexto em que os bancos procuram desincentivar os clientes de irem ao banco para realizarem operações que podem fazer com o recurso a outros meios, como é o caso das caixas multibanco.
Ainda assim, mantêm-se em vigor algumas isenção que são atualmente previstas, sendo que há pequenas nuances. Segundo a CGD esta comissão continuará a não ser aplicada no caso de a máquina da rede Caixa não existir ou se estiver avariada, se houver “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos”.
Mas também se o levantamento for feito numa conta à ordem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja de valor inferior a uma vez e meia o salário mínimo nacional, em que o primeiro titular tenha uma idade igual ou superior a 65 anos e um dos titulares tenha património financeiro com saldo médio igual ou inferior a 20 mil euros, mas a isenção só se aplica até dois levantamentos por mês. Antes o limite eram três levantamentos por mês.
Até dois levantamentos em conta base caderneta também são isentos deste encargo. Antes também eram três levantamentos. Contas de serviços mínimos bancários com suporte em caderneta também mantêm isenção.
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