PSI-20 interrompe série de ganhos. Galp e EDP pesam em Lisboa

Um dia depois de completar o maior ciclo de ganhos dos últimos dez meses, durante o qual “engordou” perto de 1,8 mil milhões de euros, PSI-20 fecha sessão no vermelho, com recuo de 0,39%.

O ciclo de ganhos do PSI-20 quebrou ao fim de sete dias consecutivos, com a praça portuguesa a cair 0,39% ao longo da sessão desta quinta-feira, com a Galp a ser um dos fatores mais determinantes nesta evolução, ainda que a empresa tenha conseguido atenuar a queda registada nas primeiras horas de negociação, altura em que chegou a perder 1,85%.

Além da petrolífera, que recuou 0,87%, o dia também foi negativo para a maioria das cotadas do setor da energia, com a EDP e a REN a fecharem a sessão no vermelho, com desvalorizações de 0,56% e 0,58%, respetivamente. A maior queda do dia, porém, ficou reservada para os CTT, que perderam 1,73%. No lugar oposto ficou a Mota-Engil, que ganhou 0,7%, sendo uma das seis empresas que valorizou ao longo da negociação.

A nível europeu a evolução foi de sentido misto, com o registo de ligeiras quedas e subidas. O Eurostoxx 600 recuou 0,3%, o Footsie100 caiu 0,17% e a bolsa francesa 0,02%. Em sentido contrário evoluíram as bolsas alemã (+0,31%) e espanhola (+0,87%).

Já a bolsa italiana caiu 0,23% na sessão, um dia depois de ter entrado em bull market. Apesar da queda na negociação de esta quinta-feira, o FTSE MIB acumula ganhos de 20,15% desde o último mínimo, atingido a 27 de dezembro de 2018, ganho atribuído pelos analistas a uma correção após fortes perdas.

PSI-20 interrompe série de ganhos

“Apesar de demonstrar alguma performance superior desde o início do ano, Itália tem tido um desempenho abaixo da média desde as eleições em 2018”, afirmaram os estrategas de ações da UBS, João Toniato e Nick Nelson, numa nota citada pela Reuters.

“Os dados apontam para um mercado barato, mas no qual os resultados também são fracos e não há um catalisador óbvio para desbloquear valor. As avaliações sugerem espaço limitado para desvalorizações, mas para mais subidas se materializarem, será necessário ver maior impulso nos lucros e diminuição nas preocupações políticas”, referiram.

Também as notícias que nos últimos dois dias têm dado conta de uma revisão em baixa das perspetivas macroeconómicas pelo governo italiano terão pesado na evolução negativa registada na sessão, analisa a Reuters. À imagem de Itália, também Portugal reviu recentemente em baixa as perspetivas macro, tal como o ECO noticiou em primeira mão.

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