Familygate? “Em períodos pré-eleitorais a tendência é para o disparate”, diz Rui Rio
Líder do PSD assume que nenhum partido está imune à tendência de nomeação de familiares para cargos público, mas alerta que períodos pré-eleitorais são normalmente dados ao disparate.
Convidado de mais uma edição do ECO Talks, o presidente do PSD voltou a abordar a polémica das nomeações de familiares por parte dos diferentes governos, apontando que até ao momento ainda não identificou nenhuma “boa ideia” para resolver a questão, até porque em “períodos pré-eleitorais a tendência é para o disparate”, alertou. Ainda mais se o legislador for um dos partidos mais afetados pela polémica, como é o caso do PS.
“Em períodos pré-eleitorais a tendência normalmente é para o disparate. O legislador, ou seja os partidos, tenderá para o disparate… bater cada vez mais… E talvez neste momento o Partido Socialista seria até dos mais rigorosos para tentar limpar tudo isto que tem feito”, salientou Rui Rio.
“Não estou a ver [uma boa ideia para conter as nomeações de familiares], só mesmo pequenos ajustamentos. Porque por na lei: ‘não pode nomear familiares diretos'” não alteraria muito o cenário, afirmou. “O primeiro-ministro continuaria a poder nomear os mesmos ministros, já que nenhum deles é seu familiar direto.”
Apesar de considerar que esta tendência de nomeação de familiares é um ‘mal’ comum a todos os partidos, o líder do PSD identifica que esta prática está mais embrenhada na história dos socialistas.
“É uma cultura muito própria do PS, mais do que noutros partidos. O PS ao longo da sua história teve sempre uma lógica mais familiar, não propriamente de ‘familiar da família’, mas também da [família] do partido. É uma marca muito mais forte no PS, ainda que os outros partidos não lhe estejam imunes”, apontou.
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