Assunção Cristas. “Se o Governo perdeu a sua maioria não tem como governar”

A líder do CDS-PP endureceu o discurso e acusou António Costa de mentir e fazer uma "manobra puramente eleitoral". "Por nós o Governo já tinha terminado há muito", diz Assunção Cristas.

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, reagiu à ameaça de demissão do primeiro-ministro, caso a recuperação integral do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global, acusando António Costa de usar três mentiras para conseguir “hipotéticas vantagens eleitorais”. Sobre o futuro do Governo, Assunção Cristas diz que o primeiro-ministro tem de ir pedir apoios ao Bloco de Esquerda e PCP e que, se não tem maioria, não pode continuar.

“O CDS já apresentou duas moções de censura a este Governo. Por nós o Governo já tinha terminado há muito. Se o Governo perdeu a sua maioria, não tem como governar”, afirmou a líder do CDS-PP, numa declaração aos jornalistas a partir da sede do partido em Lisboa.

É mentira que esteja em causa mais despesa neste orçamento. É mentira que haja compromissos novos assumidos para o futuro para além dos dois anos e nove meses do Governo. É mentira que se ponha em causa as contas públicas. Com base em três mentiras, o primeiro-ministro cria uma crise política, de forma irresponsável, afetando a credibilidade externa de Portugal, apenas e tão só para retirar hipotéticas vantagens eleitorais e evitar o confronto com a sua governação falhada”, acusou Assunção Cristas.

A líder do CDS lembrou a ameaça de demissão de José Sócrates em 2011, e lembrou que António Costa “há duas semanas negava categoricamente esta hipótese“.

“Um primeiro-ministro que a semanas de eleições quer virar costas ao país, é um primeiro-ministro sem credibilidade”, disse.

Assunção Cristas afirmou ainda que as contas que António Costa fez ao custo das medidas aprovadas na quinta-feira à noite “não são verdadeiras” e que os partidos, incluindo o CDS, aprovaram apenas um princípio de negociação com os professores, que o CDS entende que tem de estar limitado ao crescimento económico (uma proposta do partido que não foi aprovada).

Sobre uma saída para esta crise, a líder do CDS é clara: “o primeiro-ministro é que tem um problema para resolver, tem uma base de apoio que aparentemente lhe virou as costas, esse é um assunto que o primeiro-ministro tem de tratar por si e com os seus aliados”.

Assunção Cristas disse também que já pediu uma audiência ao Presidente da República para discutir esta crise.

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