Maiores produtores de petróleo do mundo preparam aumento na oferta

A um mês da reunião em que se irá decidir o futuro do mercado petrolífero, países começam a mostrar posições. Fontes da Reuters garantem que há dois cenários e em ambos, há aumento da oferta.

Os maiores produtores de petróleo do mundo vão realinhar a estratégia conjunta no próximo mês, num encontro que irá reunir a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com outros produtores que alinharam com o cartel para um acordo de cortes de oferta em vigor desde o ano passado. dois cenários em cima da mesa e, em ambos, o resultado é um aumento da oferta, segundo garantiram duas fontes próximas à Reuters.

O ministro da Energia da Rússia — maior exportador dos países dentro do acordo, mas fora do cartel (conhecidos como OPEP+) –, Alexander Novak, está este domingo em Jeddah, na Arábia Saudita — maior produtor da OPEP — para falar do acordo.

O objetivo tem sido reduzir o excesso de oferta no mercado (com o corte de 1,2 milhões de barris de petróleo por dia) e causar um aumento gradual dos preços, sendo que o acordo tem sido reorganizado ao longo do tempo. O russo afirmou, este domingo, que é necessário avaliar a situação do mercado de perto até ao encontro, que terá lugar a 25 e 26 de junho, em Viena.

Igualmente, o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, defendeu um ajustamento “gentil” e garantiu que a OPEP não iria tomar nenhuma decisão abrupta porque “de forma geral, o mercado está numa situação delicada”.

Segundo duas fontes da Reuters, já há, ainda assim, cenários possíveis. O primeiro é eliminar o cumprimento das metas acima do estipulado pelo grupo, o que representaria um aumento da oferta em cerca de 800 mil barris por dia. O over-compliance significa que os países estão a exportar ainda menos do que o esperado no acordo devido, especialmente, a problemas no Irão e na Venezuela. Em termos efetivos, o corte tem sido de cerca de dois milhões de barris por dia.

Outra opção é desacelerar o montante dos cortes para 900 mil barris por dia, ou seja, permitindo-lhe produzir em conjunto mais 300 mil barris que atualmente. No entanto, a decisão final deverá continuar em aberto no próximo mês, já que perturbações em vários países, bem como receios que a desaceleração da economia global atinja a procura, têm levado a fortes variações no preço.

O crude WTI, negociado em Nova Iorque, fechou esta sexta-feira nos 62,76 dólares por barril, acumulando uma valorização de 9% contra o último mínimo (42 dólares) tocado em dezembro do ano passado. Já o Brent, transacionado em Londres, fechou nos 72,21 dólares, mais 8% que os 49,93 dólares a que negociava em dezembro.

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