Há 12 anos que os contribuintes gastam dinheiro com a banca. Leia aqui o relatório na íntegra do Banco de Portugal
O Banco de Portugal recebeu esta terça-feira o aval do Parlamento para divulgar o relatório extraordinário sobre os devedores à banca. Mas para já só está acessível o relatório sobre os apoios à banca
O Banco de Portugal recebeu esta terça-feira o aval do Parlamento para divulgar o relatório extraordinário sobre os devedores à banca, expurgado da informação sensível. Há já uma reunião marcada para quarta-feira para tomar uma decisão sobre o destino a dar a parte da informação que pode estar abrangida por segredo. Mas, para já, a instituição liderada por Carlos Costa avança com um documento onde detalha os apoios públicos que os bancos receberam nos últimos 12 anos. A Caixa Geral de Depósitos foi o banco que absorveu mais verbas.
Mas não espere ver aqui quaisquer detalhes sobre os grandes devedores. O anexo com essa informação sensível não é disponibilizado não só por estarem em causa ações em curso, garantias associadas, mas também imparidades. “De facto, a informação reportada e constante do presente Relatório Extraordinário contém elementos detalhados e sensíveis sobre operações que poderão estar ainda vigentes (por exemplo, referentes a operações de crédito cujos contratos ainda não cessaram), nomeadamente quanto aos níveis de imparidade constituídos, às garantias associadas a essas operações e às ações em curso para recuperação de perdas. A sua eventual divulgação, além de contrária às regras sobre o segredo e sobre a proteção de dados pessoais, constituiria um risco significativo para a estabilidade financeira e o regular financiamento da economia, ao introduzir distorções muito significativas nas condições negociais das entidades envolvidas, tanto em possíveis ações de reestruturação como de venda de operações a terceiros, criando igualmente um grave e injustificado desequilíbrio concorrencial face às entidades não abrangidas pelo presente reporte. Nomeadamente, num contexto da redução em curso de créditos em situação de incumprimento através da venda de operações, a divulgação dos níveis de imparidade constituídos influenciaria as condições negociais das instituições de crédito na determinação do preço de venda”, pode ler-se no relatório.
Veja aqui o Relatório Extraordinário na íntegra.
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