PSD recusa viabilizar Lei de Bases da Saúde negociada à esquerda
A abstenção não será o caminho escolhido pelos sociais-democratas, cujo voto poderia ser decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. O PS conta com o PCP, mas não recolhe o apoio do Bloco.
O PSD não está disposto a viabilizar, nem que seja pela via da abstenção, uma lei de bases negociada entre os socialistas e os partidos à sua esquerda. Esta manhã, o jornal Expresso avançou que os sociais-democratas vão manter a sua proposta de Lei de Bases da Saúde até à votação final, mas vão continuar a mostrar, da mesma forma, disponibilidade para negociar com o PS. A posição foi confirmada, esta tarde, pelo responsável social-democrata Fernando Negrão, ao Público.
“Vamos manter a proposta que temos, da qual não abdicamos, porque é a proposta mais adequada ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] nos moldes em que ele existe. Não fazemos alterações profundas ao espírito do SNS, ao contrário da esquerda”, afirmou o responsável social-democrata Fernando Negrão.
O líder da bancada parlamentar do PSD recordou, ainda, que “o senhor primeiro-ministro disse, num debate quinzenal, que a Lei de Bases da Saúde não será aprovada com a direita, mas com a esquerda fundadora do Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.
Fernando Negrão quer ver o PS cumprir “o que prometeu”, mas lembra que, se não conseguir, há “uma lei de bases em vigor”. “O PS que regresse à sua origem doutrinária e venha falar connosco”, acrescentou, mantendo a disponibilidade para chegar a um entendimento, mas que, segundo o mesmo, os socialistas nunca procuraram.
Assim, a abstenção não deverá ser o caminho escolhido pelo PSD, cujo voto é decisivo para a aprovação da Lei de Bases da Saúde. Também esta quinta-feira, o Público avançou que o Governo está convencido de que o BE não votará a favor da proposta de nova Lei de Bases da Saúde, mas teria esperança numa eventual abstenção do PSD, que viabilizaria a aprovação do diploma.
(Notícia atualizada às 16h58 com declarações de Fernando Negrão ao Público)
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