Ministro elogia programa de rendas acessíveis de Medina: “É muito inteligente, mas não concorre” com o do Estado
Depois das críticas feitas por Fernando Medina ao programa de rendas acessíveis do Governo, o ministro da Habitação veio elogiar o programa da autarquia e esclareceu que ambos não concorrem entre si.
Fernando Medina criticou, mas Pedro Nuno Santos não se mostrou afetado. Depois de o presidente da Câmara de Lisboa (CML) ter criticado o programa de rendas acessíveis do Governo, o ministro da Habitação e das Infraestruturas elogiou o programa da autarquia. “O que a autarquia está a fazer é muito inteligente”, disse, sublinhando que os programas são diferentes e não concorrem entre si.
Em apenas numa semana, não são dois, mas três as iniciativas de pôr no mercado casas mais acessíveis à classe média. O Governo apresentou esta quinta-feira um segundo programa, que prevê a reabilitação de imóveis devolutos do Estado para os tornar em habitações acessíveis para a classe média. Foi durante a apresentação do mesmo que o ministro das Infraestruturas e Habitação foi confrontado pelos jornalistas com as críticas de Medina ao Programa de Arrendamento Acessível (PAA).
"Os programas são complementares e o que posso dizer do PRA só pode ser elogioso porque o programa é bom e não concorre com este que estamos a apresentar.”
“Pela primeira vez em muitos anos estamos a ver a CML a dar resposta, de forma empenhada, à grave carência habitacional na classe média. Queria elogiar o trabalho muito importante e difícil, que acompanhamos com muita satisfação“, disse Pedro Nuno Santos, acrescentado o que o novo programa do Estado “vai ajudar a CML”.
“O que a autarquia está a fazer é muito inteligente, tem imóveis públicos e terrenos públicos. Mas os programas são complementares e o que posso dizer do Programa de Rendas Acessíveis (PRA) só pode ser elogioso porque o programa é bom e não concorre com este que estamos a apresentar“, continuou, admitindo: “as rendas previstas no PRA são mais baixas do que as que nós conseguimos no PAA”.
Na semana em que arrancou o PAA do Governo, Fernando Medina apresentou o PRA da CML. Semelhantes em certos pontos, mas diferentes na base: um prevê a colocação de imóveis privados no mercado, outro prevê que a autarquia reabilite e construa imóveis para a classe média.
Durante a apresentação do seu próprio programa, esta quarta-feira, o presidente da CML não poupou às críticas ao PAA, afirmando que este “não encaixa na situação de Lisboa”. “Os preços estão de tal forma inflacionados que considerar uma renda acessível 20% inferior ao preço de mercado [tal como consta no regulamento do programa do Governo] vai deixar muita gente de fora”, disse.
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