Portugal vai emitir dívida de curto prazo. Quer 1.500 milhões de euros

IGCP vai realizar um leilão duplo, em que poderá colocar até 1.500 milhões de euros a seis e 12 meses. Taxas de juro nos títulos de curto prazo têm sido sucessivamente negativos.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida na próxima semana. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP agendou para quarta-feira um novo leilão, desta vez de títulos de curto prazo. Vai colocar até 1.500 milhões de euros em bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 17 de julho pelas 10h30 dois leilões das linhas de BT com maturidades em 17 de janeiro de 2020 e 17 de julho de 2020, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros“, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho.

O leilão duplo estava já calendarizado no programa de financiamento do IGCP, mas serve também de alternativa à dívida de mais longo prazo, em relação à qual os investidores começam a mostrar menor apetite. Na colocação de dívida a 10 e 26 anos, realizada esta semana, Portugal conseguiu juros em mínimos históricos, mas não emitiu o montante máximo indicativo.

Ainda assim, o país tem-se financiado com custos sucessivamente mais baixos. No caso das BT, as taxas de juro têm sido cada vez mais negativos, o que poderá voltar a acontecer na próxima semana.

A última vez que Portugal emitiu BT a seis e 12 meses foi a 15 de maio e, na altura, conseguiu juros em mínimos recorde. No prazo mais longo, o IGCP colocou, na altura, mil milhões de euros com uma taxa de -0,37% e uma procura 2,29 vezes superior à oferta. Já na maturidade mais curta, o Tesouro emitiu 500 milhões de euros com uma taxa de -0,396% e uma procura 2,62 vezes a oferta.

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