Corporate coaching: aliado do futuro do trabalho
À medida que a robótica, a IA e a economia gig progridem, o trabalho necessita ser reinventado.
O trabalho está a mudar. As nossas organizações enfrentam um contexto radicalmente mutável no que respeita aos seus profissionais, ao local de trabalho, ao mundo do trabalho. À medida que a robótica, a IA e a economia gig progridem, o trabalho necessita ser reinventado.
Porém, os desafios nos negócios continuam a ser superados pelas pessoas. Da globalização ao digital, dos procedimentos à inovação, as organizações dependem das suas pessoas, para atingirem resultados. Assim, é cada vez mais importante concentrarmo-nos em organizar, gerir, liderar, desenvolver e alinhar melhor as pessoas no trabalho. Impõe-se um novo paradigma: culturas organizacionais de aprendizagem, permanente. Neste, as pessoas, em firme atitude, irão atualizar e aprimorar as suas competências essenciais, de forma a fazer mais e melhor; ampliar o seu valor próprio e a relevância do seu saber e da sua experiência; alargar as suas competências para áreas adjacentes às que já têm; criar uma carreira à “prova de futuro”, com competências melhoradas, onde a colaboração com os outros fará a diferença.
Como criar condições para potenciar a emergência de novas competências?
O corporate coaching revela-se um aliado de excelência para o apoio ao desenvolvimento de pessoas, equipas e empresas. É um acelerador do desenvolvimento pessoal e profissional; um incubador para a maturação do que há de melhor em cada ser humano; um espaço de facilitação para a aprendizagem/desaprendizagem individual e coletiva.
Em contexto corporativo, o processo de implementação de um projeto de Coaching, transversal à Empresa, exige clareza, rigor e robustez na sua fundamentação e ainda modelos e metodologias sólidos, que balizem a intervenção.
Importante na intervenção é, por isso, caracterizar os perfis de entrada dos destinatários da intervenção, usando assessments/questionários individuais, de equipa e diagnóstico do clima e da cultura, do ponto de vista organizacional; identificar os KPI’s relevantes para a avaliação dos objetivos a atingir e atingidos; usar modelos de liderança, como referencial para a tomada de consciência do coachee face aos estilos de liderança que privilegia mais e que privilegia menos. O coach pode escolher entre muitos dos modelos de liderança, de inteligência emocional, que servirão de referencial; caracterizar os perfis de saída, no final da intervenção, dos destinatários da intervenção. Aqui, a mudança é considerada válida se for observável.
O executive, leadership e o team coaching, quando conjugados permitem reforçar a assunção das funções de liderança, sintonizar o funcionamento das equipas e impulsionar o alinhamento de cultura e estratégia organizacionais. Temos, em síntese, o coaching a apoiar a gestão a estimular a aprendizagem e o fortalecimento de competências nas pessoas e nas equipas; a potenciar resultados ganhadores para as organizações; a contribuir para o futuro do trabalho.
Maria do Carmo Bessa é membro fundadora do Grupo Português de Coaching – GPC – da APG
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