Com mais lucro, Novabase mexe na remuneração aos acionistas

Tecnológica liderada por João da Silva Bento aumentou lucros para 1,6 milhões de euros. Apresentou um plano estratégico que inclui a recompra de ações e stock options.

A Novabase lucrou mais na primeira metade do ano, mas os resultados líquidos são ofuscados por todas as mudanças que aí vêm na empresa liderada por João da Silva Bento. Há alterações na gestão, com foco no crescimento do negócio de próxima geração, mas também mexidas no capital social e na remuneração tanto dos administradores e colaboradores como dos acionistas.

A tecnológica aumentou os lucros para 1,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano (mais 14% que no período homólogo). O EBITDA — lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — cresceu 51% para 5 milhões de euros, com as receitas a aumentarem 8%.

Além dos resultados, a Novabase anunciou a convocação de uma assembleia geral de acionistas, onde pretende votar o novo plano estratégico da empresa que prevê mudanças desde a administração, com a inclusão de Paulo Trigo, responsável operacional pelo Next-Gen, até à remuneração aos acionistas. Quer deixar de distribuir 30% dos lucros em dividendos, como até aqui.

“Com a presente alteração, pretende-se garantir flexibilidade para otimizar a alocação dos recursos financeiros disponíveis, ao serviço das iniciativas do Update Estratégico 2019+”, que dá especial destaque ao Next-Gen, negócio dos serviços e tecnologias da informação da empresa portuguesa.

Contudo, e tendo em conta que existem reservas e resultados transitados no valor de 11,3 milhões de euros, antes da alteração da política de remuneração vai entregar esta verba aos investidores, correspondente a 36 cêntimos por ação.

Mudanças no capital, recompra de ações e stock options

Ao mesmo que pretende avançar com a distribuição de reservas, a Novabase vai mexer no seu capital social. Vai realizar uma redução de capital em 4.396.195,16 euros, com a atribuição aos acionistas de 0,14 euros por ação. Ou seja, no total, os acionistas vão receber 50 cêntimos por cada ação.

Segue-se um aumento de capital “por incorporação de prémios de emissão” no montante de 43.333.923,72 euros. A empresa explica que “após estas operações, o capital social da Novabase será fixado em 54.638.425,56 euros“. As ações passam a ter um valor nominal de 1,74 euros, sendo que a parte do capital que está dispersa em bolsa está a cotar no PSI Geral a valer 2,37 euros.

Mas as mudanças não acabam aqui. Os acionistas da Novabase vão ainda votar um programa de recompra de ações próprias no montante de 10 milhões de euros. Em cima da mesa está, finalmente, também uma proposta de plano de stock options, dirigido a membros do Conselho de Administração da Novabase e colaboradores da Novabase ou de outras sociedades do Grupo Novabase, tendo por objeto até 10% do atual capital.

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