Exclusivo Postos de emergência só têm capacidade para abastecer seis mil veículos prioritários
Veículos prioritários têm acesso exclusivo a 56 bombas distribuídas pelo continente. No entanto, só estão preparadas para fornecer combustível no limite a seis mil viaturas com essas características.
Para minimizar o impacto da greve dos motoristas no próximo dia 12 de agosto foi criada uma rede com 56 postos de combustível exclusiva para os veículos prioritários (ambulâncias, carros de bombeiros ou forças de segurança) poderem fazer abastecimentos ilimitados. Os pedidos para inclusão nessa lista não páram de aumentar. Contudo, não há espaço para todos. Segundo apurou o ECO, esta rede de postos apenas está preparada para abastecer no limite seis mil viaturas prioritárias.
O Governo foi alertado para esse limite de disponibilidade numa reunião que decorreu esta terça-feira no Centro de Coordenação Operacional na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, que foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e que serviu para consolidar o plano que pretende assegurar o abastecimento dos postos de emergência. Além desta rede existe uma outra com 326 bombas, onde a população em geral pode colocar até 15 litros de combustível.
À saída desta reunião, Eduardo Cabrita deu conta de que não existia um problema de reservas de combustível e que o volume acumulado é suficiente para garantir mais de dois meses de fornecimento, referindo informação prestada pela entidade nacional do setor energético: a ENSE.
Contudo, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) também terá garantido ao responsável da pasta que os postos de abastecimento de emergência para veículos prioritários estão preparados para fornecer combustíveis, no limite, a seis mil viaturas. Este alerta surge numa altura em que muitas entidades de diferentes ramos de atividade têm feito pedidos para serem incluídas nesta lista.
No que diz respeito aos veículos prioritários vão ser disponibilizadas 56 bombas de combustível, para uso exclusivo. Lisboa é o distrito com mais postos abertos, com nove destacados. No Porto e em Santarém, serão cinco. Já nos distritos de Setúbal, Aveiro e Faro, estarão disponíveis quatro. Nos distritos de Bragança, Portalegre, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo apenas um posto será mantido aberto para ambulâncias e afins.
Na reunião desta terça-feira de manhã, ficou ainda a saber-se que o Governo está a proceder à formação de emergência de motoristas do Estado com carta de pesados para operarem viaturas de transporte de matérias perigosas, caso se concretize a paralisação em questão.
Além disso, o Executivo decidiu avançar com um simulacro para testar os corredores de emergência para transporte de matérias perigosas. Este exercício de simulação das faixa dedicadas para estas viaturas foi marcado para esta terça-feira.
Estas medidas são conhecidas após mais um conjunto de reuniões entre o Executivo, motoristas e patrões que não reuniram consenso. À saída do encontro, o ministro das Infraestruturas mostrou-se esperançoso que até dia 12 a greve possa ser cancelada, mas realçou que o Executivo não hesitará em responder à altura. “Embora não anulem a greve, teremos serviços mínimos e faremos tudo para que sejam cumpridos, não haverá muita hesitação, caso não sejam, para que se aprove uma requisição civil”, assegurou o Pedro Nuno Santos.
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