Associação do vestuário preocupada com impacto negativo da greve
Associação das Indústrias de Vestuário preocupada com o impacto da greve, por representar uma “grande instabilidade para o setor e põe em causa o cumprimento dos prazos de entrega das encomendas”.
A Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC/APIV) manifestou esta quarta-feira a preocupação em relação ao impacto negativo da greve dos motoristas, prevista para 12 de agosto, no setor do vestuário e na economia portuguesa.
A associação está preocupada com a greve dos motoristas, com início marcado segunda-feira, uma vez que a paralisação, por tempo ilimitado, coincide com “a aproximação do encerramento para férias da maioria das empresas do setor (2.ª e 3.ª semana de agosto), com um consequente aumento do volume de atividade que tradicionalmente se verifica nesta altura do ano para dar resposta às encomendas dos clientes”, refere a ANIVEC/APIV em comunicado.
Argumenta ainda que o setor do vestuário “é por excelência um setor de trabalho intensivo, eminentemente exportador”, e lembra que emprega mais de 110.000 trabalhadores, distribuídos por cerca de 5.000 empresas, que na sua maioria (cerca de 95%) têm menos de 50 funcionários.
Nesse sentido, a greve vai representar uma “grande instabilidade para o setor e põe em causa o cumprimento dos prazos de entrega das encomendas”, salienta ANIVEC/APIV.
Alerta também para o facto de a greve poder provocar “nalguns casos a perda do cliente” e causar assim “incomensuráveis prejuízos no setor do vestuário”.
Daí que ANIVEC/APIV apele, “uma vez mais”, para “um elevado sentido de responsabilidade de ambas as partes”, por forma a manter “o pleno funcionamento” do setor e das atividades económicas.
Depois de uma greve em abril que deixou os postos de abastecimento sem combustível, em maio, foi feito um acordo entre patrões e Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) que prevê uma progressão salarial, com início em janeiro de 2020, e que inclui um prémio especial, passando assim de uma retribuição base de 630 euros para 1.400 euros fixos, mas distribuídos por várias rubricas.
Já em 15 de julho foi marcada nova greve pelos sindicatos SNMMP e Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), acusando a associação patronal Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio.
Esta greve ameaça parar o país em pleno mês de agosto, uma vez que vai afetar todas as tipologias de transporte de todos os âmbitos e não apenas o transporte de matérias perigosas. O abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços deve ser afetado.
Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
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