Bolsa de Lisboa resiste à 11.ª sessão de quedas do BCP

A praça bolsista lisboeta encerrou com ganhos ligeiros, condicionada por mais um tombo do BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya caíram mais de 2%.

Em linha com a Europa, Lisboa encerrou a terceira sessão da semana em terreno positivo. Isto apesar do trambolhão dado pelos títulos do BCP, que recuaram mais de 2%, naquela que foi a 11.ª sessão consecutiva de quedas. A evitar o vermelho na praça nacional, estiveram a família EDP e a Jerónimo Martins.

O índice de referência nacional, o PSI-20, desvalorizou 0,14% para 4.839,94 pontos. Na Europa, o Stoxx 600 valorizou 0,2%. Os índices europeus acabaram por escapar ao sentimento negativo que se vive em Wall Street nesta sessão, devido aos receios dos investidores face à guerra comercial e ao possível impacto negativo na economia. Daí que tanto a dívida soberana como as cotações do ouro estejam em forte alta, com os investidores a procurarem refúgio nesses ativos. A cotação do “metal amarelo” superou meso a fasquia dos 1.500 dólar por onça.

A puxar pelo despenho da praça bolsista nacional estiveram os títulos do universo EDP. As ações da EDP Renováveis ganharam 2,48%, para os 9,52 euros, o melhor desempenho do índice lisboeta. A casa-mãe, EDP, seguiu-se-lhe com as suas ações a acelerarem 1,71%, para os 3,333 euros.

Coube à Jerónimo Martins ocupar o terceiro posto dos melhores desempenhos do PSI-20. As suas ações avançaram 1,48%, para os 14,335 euros.

BCP cai pela 11.ª sessão até mínimos de quase dois anos

Contudo, a maioria dos títulos terminou a sessão no vermelho, com o BCP a voltar a sobressair pela negativa. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuaram pela 11.ª sessão consecutiva, encerrando em mínimos de quase dois anos. Perderam 2,19%, para os 21,41 cêntimos, a fasquia mais baixa desde 13 de setembro de 2017.

De salientar que o título tem sido muito castigado, numa altura em que a banca está sobre forte pressão devido à política monetária que insiste na descida dos juros como estratégica para assegurar que a economia da Zona Euro não descarrila.

Também a Galp Energia voltou a perder fôlego, face à derrocada das cotações do petróleo nos mercados internacionais. Esta quarta-feira voltou a ser de fortes descidas para o “ouro negro” que nos EUA se aproxima da barreia dos 50 dólares por barril. Enquanto o barril de crude desvalorizava 5,3%, para os 50,79 dólares, o brent transacionado no mercado londrino caia 4,53%, para os 56,27 dólares. As ações da petrolífera portuguesa acabaram por recuar 0,99%, para os 12,955 euros.

(Notícia atualizada às 17h03 com mais informação)

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