Macron apela para discussão dos incêndios na Amazónia como “crise internacional”
Líderes dos sete países mais industrializados do mundo reúnem este fim-de-semana em França. Emmanuel Macron quer que a situação na Amazónia seja um dos temas da agenda.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou esta quinta-feira para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do G7, que se realiza este fim de semana em Biarritz, sudoeste de França, afirmando que se trata de uma “crise internacional”.
“A nossa casa está a arder. Literalmente. A floresta Amazónia, o pulmão que produz 20% do oxigénio do nosso planeta, está em chamas. É uma crise internacional. Membros da cimeira do G7, vamos discutir esta emergência de primeira ordem em dois dias”, pediu o chefe de Estado na rede social Twitter. Macron está, entretanto, a ser alvo de críticas por ter usado uma imagem de um incêndio na Floresta Amazónica, mas em 2003.
Tweet from @EmmanuelMacron
Na cimeira do G7, dos países mais industrializados do mundo, participam os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Também esta quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, mostrou-se “profundamente preocupado” com os incêndios na Amazónia, onde se registaram, entre janeiro e 18 de agosto, mais de 38 mil focos.
“Estou profundamente preocupado com os incêndios na floresta Amazónia. No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma das mais importantes fontes de oxigénio e biodiversidade. A Amazónia deve ser protegida”, escreveu Guterres também no Twitter.
Tweet from @antonioguterres
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território pertencente à França).
O número de incêndios no Brasil cresceu 70% este ano, em comparação com período homólogo de 2018, tendo o país registado 66,9 mil focos até ao passado domingo, com a Amazónia a ser o bioma (conjunto de ecossistemas) mais afetado.
Dados do sistema de monitorização por satélite chamado Deter, que é mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (Inpe) indicam que em julho a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O Inpe é o organismo do Governo brasileiro que monitoriza os dados sobre a desflorestação e queimadas no país.
(Notícia atualizada às 12:10 com informação sobre a fotografia usada por Emmanuel Macron no Twitter)
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