Luís Montenegro recusa fazer acordos com PS se chegar à liderança do PSD

  • Lusa
  • 12 Outubro 2019

O anunciado candidato à liderança do PSD garantiu que, caso chegue à presidência do partido, não fará acordos com o PS.

O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro disse que “respeita muito” as palavras do ex-Presidente da República Cavaco Silva, que admitiu tristeza pelos resultados nas legislativas, mas escusou-se a comentar a preferência deste por Maria Luís Albuquerque. Além disso, garantiu que, se conseguir chegar à liderança do partido, não fará acordos com o PS.

“Só uma situação muito grave e muito importante para o futuro do PSD poderia ter obrigado o professor Aníbal Cavaco Silva, que foi 10 anos primeiro-ministro e 10 anos Presidente da República — e não é propriamente uma personalidade que tenha intervenção partidária — a tomar a posição que tomou. Respeito muito e concordo com o que ele disse”, afirmou Luís Montenegro.

O social-democrata, que na quarta-feira, em entrevista à SIC, anunciou que será candidato à liderança do PSD, falava aos jornalistas em Espinho, distrito de Aveiro, à margem de um jantar comemorativo do 10.º aniversário do executivo municipal local.

Na terça-feira, numa declaração escrita enviada à Lusa, Cavaco Silva afirmou: “Como social-democrata com fortes ligações à história do PSD, o resultado obtido pelo partido não pode deixar de me entristecer”.

Na declaração, o antigo chefe de Estado defendeu também como “urgente” a mobilização dos militantes que se afastaram ou foram afastados, apontando a ex-ministra Maria Luís Albuquerque.

Esta sexta-feira, Luís Montenegro, que voltou a desafiar o atual presidente do partido, Rui Rio, a também concorrer às eleições internas, reiterou que não fará acordos com o PS e sobre Maria Luís Albuquerque disse estar de acordo com Cavaco Silva.

“O professor Cavaco Silva disse que era preciso chamar ao partido várias pessoas que tinham sido afastadas ou que se tinham afastado da vida partidária. Estou de acordo com ele. Ele referiu um caso concreto e também estou de acordo com ele. Também acho que a doutora Maria Luís Albuquerque faz muita falta ao combate político do PSD”, referiu.

Quanto à possibilidade de esta ser candidata à liderança do PSD, Montenegro respondeu: “É bem-vinda, mas creio que é melhor esperar pela posição que ela vai tomar”, adiantou.

Com eleições diretas previstas para janeiro, se o calendário não for alterado, Luís Montenegro é o primeiro candidato assumido à liderança do PSD, já que Rui Rio afirmou na noite eleitoral das legislativas – em que o PSD obteve 27,9% dos votos contra 36,6% do PS – que iria “ponderar” com serenidade a sua continuidade.

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