Estado português perdeu o rasto a negócios entre Sócrates e Chávez
O Ministério da Economia informou o juiz Ivo Rosa que, apesar das "pesquisas sistemáticas", não encontrou as atas dos encontros entre os dois governantes, em 2008.
As atas da Comissão de Acompanhamento dos acordos celebrados entre Portugal e a Venezuela, em 2008, não foram encontrados no Ministério da Economia. Os documentos dizem respeito a encontros entre o antigo primeiro-ministro português, José Sócrates, e o falecido Presidente venezuelano, Hugo Chávez, e tinham sido pedidos, em julho, pelo juiz Ivo Rosa no âmbito da Operação Marquês.
A 15 de outubro, o gabinete do ministro Pedro Siza Vieira informou o juiz que a secretaria-geral do ministério fez “pesquisas sistemáticas” nos seus arquivos, mas “não foram identificados os referidos documentos”, segundo noticia esta terça-feira o Correio da Manhã (acesso pago).
O juiz de instrução criminal responsável pela Operação Marquês pediu, no início de julho, aos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia as atas das comissões de Alto Nível e de Acompanhamento referentes aos acordos assinados entre Portugal e a Venezuela em 2008, após uma visita do ex-primeiro-ministro português José Sócrates (que é arguido na Operação Marquês), ao país da América do Sul, entre 12 e 15 de maio desse ano.
O Ministro Público suspeita que o socialista tenha ajudado o Grupo Lena a angariar contratos de obras públicas na Venezuela. Em troca, terá recebido “vantagens patrimoniais a que bem sabia não ter direito”. Na acusação, citada pelo Correio da Manhã, é feita referência a 2,8 milhões de euros que terão sido recebidos por Sócrates do Grupo Lena, através do então administrador Joaquim Barroca.
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