As coligações possíveis em Espanha
O resultado das eleições em Espanha este domingo deram uma nova vitória ao PSOE, mas perdeu três deputados. A subida da direita e derrocada de Pablo Iglesias dificultam a formação de uma coligação.
Os socialistas do PSOE ganharam as legislativas de domingo, as quartas em quatro anos em Espanha, novamente sem maioria. O partido de Pedro Sánchez conseguiu 120 deputados, ou seja, menos três do que nas eleições anteriores, o que indicia que a estratégia de forçar as eleições para desbloquear o impasse na formação de um Governo não foi bem-sucedida.
Sánchez apelou a “todos os partidos” para que atuem “com responsabilidade e generosidade” para desbloquearem o impasse político em Espanha, reiterando que pretende formar um “Governo progressistas”. De acordo com a nova composição da câmara esse trabalho está agora mais dificultado.
Apesar de Sánchez ter vencido, o facto de ter menos três deputados e de o seu principal aliado, o Podemos, ter perdido sete — passou de 42 deputados — dificulta ainda mais a possibilidade de formação de uma coligação. Pablo Iglesisas já pediu para retomar a coligação de esquerdas “como a única forma de travar a extrema-direita”, mas essa opção parece agora estar um pouco mais distante do que em abril.
PSOE e PP ultrapassam em larga medida a maioria dos deputados e embora uma coligação formal entre os dois partidos seja improvável, o PP pode viabilizar políticas socialistas através da sua abstenção, abstenção que abriria caminho a que o Ciudadanos, com os seus dez deputados, pudesse votar favoravelmente essas mesmas políticas. Mas agora há também que ter em conta a mudança de liderança no partido após a demissão de Albert Rivera.
Mas a subida dos partidos da direita, muito em particular do Vox, que conquistou o dobro dos mandatos face a abril (52), também não é suficiente para formar um Governo à direita.
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