Queda dos juros deixa mais margem para renegociar crédito à habitação
O aumento da concorrência entre os bancos arrastou a margem de lucro de algumas instituições para o patamar de 1%. Spreads acima de 1,5% em contratos pré-crise podem conseguir boas poupanças.
A margem de lucro exigida pela generalidade dos bancos portugueses nos novos créditos à habitação está a rondar 1%, muito abaixo dos spreads pedidos entre 2008 e 2015. Um facto que deixa escancarada a porta da renegociação para muitos clientes, que contraíram o crédito antes da grande crise financeira, avança o Público (acesso condicionado) esta segunda-feira.
Além deste facto, impulsionado pela concorrência entre os bancos, que tentam atrair novos contratos de crédito para compra de casa, a descida das taxas de juro fixas e dos juros associados à Euribor (que está negativa) deixam às instituições bancárias poucas alternativas senão a de acatar uma negociação. Alguns bancos estão mesmo a pagar parte das despesas na transferência do crédito a partir de um banco concorrente, como já tinha sido noticiado pelo ECO.
Segundo o mesmo jornal, a Deco Proteste está a recomendar aos consumidores com spreads acima de 1,5% que reúnam “três ou quatro” propostas com valores mais baixos e as usem como incentivo para o seu banco baixar o spread. Isto porque, apesar da pressão dos spreads, os bancos, naturalmente, não tomam a iniciativa.
Entre 2013 e 2018, os spreads médios praticados pelos bancos a operar em Portugal passou de 2,9% para 1,5%. No entanto, este mês, Bankinter e Santander já estavam a praticar spreads mínimos de 1%, enquanto o Banco CTT, Crédito Agrícola, ActivoBank e BCP praticavam 1,10%. Os spreads mínimos mais elevados estavam a ser praticados pela UCI (1,5%) e pelo Abanca (1,40%).
No caso do Bankinter, é até possível contratar um empréstimo a 30 anos com taxa anual bruta de 1,5%, por exemplo. Isto seria impensável há poucos anos, como nota também o mesmo jornal (acesso condicionado).
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